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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

DIA NACIONAL DO SAMBA É COMEMORADO EM CUBATÃO

Seu Dodô: 56 anos dedicados ao Samba
A “Alvorada do Samba” reuniu sambistas e autoridades no Largo do Sapo

Emocionado, Donelson Teixeira, mais conhecido como Seu Dodô, foi quem executou as 21 batidas no surdo na alvorada desta quinta-feira (2/12) em Cubatão, cumprindo o ritual em comemoração ao Dia Nacional do Samba. Não havia pessoa melhor para conduzir as homenagens ao ritmo, expressão maior da cultura popular brasileira. Aos 72 anos de vida, Donelson carrega a felicidade de 56 anos de dedicação ao mundo do Samba.

Seu Dodô foi um dos fundadores da GRESC Independência, do Jardim Casqueiro – isso em 1976 – e até hoje vai para a avenida com a Escola. Considera a retomada da “Alvorada do Samba” uma grande conquista: “Para quem é sambista, essa data é quase um dia santo! E executar esse toque no surdo, pra mim, foi um grande privilégio”, disse, com lágrimas nos olhos.

O ritual característico em comemoração à data aconteceu exatamente às 6h. Em um só local estavam as bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e de Cubatão, ladeadas pelos estandartes das Escolas de Samba da cidade: Independência, Unidos do Morro e Nações Unidas.  Além das batidas no surdo, houve queima de fogos, muitas palmas e a palavra dos representantes das agremiações e blocos carnavalescos.

A retomada da “Alvorada do Samba” é uma grande conquista para aqueles que levam o Samba a sério. Para o Mestre Dão, representante da GRESC Independência, é indispensável que a homenagem se torne tradição no município. Amélia Santos, sambista que trouxe o estandarte da GRES Unidos do Morro, disse que a felicidade neste dia é completa para quem ama o ritmo que melhor identifica os brasileiros em todo o mundo.

Aloísio de Castro, mais conhecido como “Carnaval” foi o único representante dos blocos carnavalescos a estar presente na cerimônia. O Secretário de Cultura, Welington Borges, afirmou que as homenagens ao Dia do Samba vão continuar ano que vem e são indispensáveis para formação de uma nova identidade cultural no município.

Durante a cerimônia, foi lido um texto enviado pelo “marechal do samba”, J. Muniz Jr, pesquisador do ritmo e da cultura afrobrasileira, contando um pouco da história da instituição do Dia Nacional da Samba, comemorado desde 1964.  E lá se vão 46 anos de engrandecimento da cultura popular e do ritmo que melhor identifica o país, levando felicidade para tanta gente, como já dizia o compositor Zé Kéti: “Eu sou o Samba / sou natural daqui do Rio de Janeiro / sou eu quem levo a alegria para milhões de corações brasileiros / Salve o Samba, queremos Samba / Quem está pedindo é a voz do povo de um país / Salve o Samba, queremos samba / essa melodia de um Brasil Feliz”.

Tem mais samba neste sábado – as comemorações ao Dia Nacional do Samba prosseguem no sábado (4/12), com uma vasta programação na quadra da Escola de Samba Independência, do Jardim Casqueiro (rua Joaquim Jorge Peralta, 13), a partir das 20h. O evento contará com a participação de vários artistas, sambistas da cidade e da região, baterias das agremiações cubatenses e apresentação do grupo “Brazilian Show”, banda “Tipo Exportação”, que já levou esse ritmo tipicamente brasileiro para dezenas de países.

Texto: Morgana Monteiro
Fotos: Rodrigo Fernandes

Um comentário:

Monique Pouza disse...

Que coisa linda!!
"Samba, agoniza mas não morre, alguém sempre te socorre (...)"

Salve o samba, salve essa cidade e esse Brasil pandeiro!

Parabéns pelo blog, essa é a cidade que queremos propagar!

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