Seja bem vindo!



Cubatão é mesmo uma cidade incrível, com uma vocação artística surpreendente. Para mostrar tudo isso é que foi criado este espaço virtual. O blog é dedicado a toda e qualquer manifestação cultural produzida aqui. Todos os segmentos da arte reunidos sem complicação ou frescura. Entre em contato...

artesdecubatao@gmail.com



quarta-feira, 30 de junho de 2010

GRUPO RINASCITA AGORA É PATRIMÔNIO CULTURAL DE CUBATÃO


Uma apresentação no saguão do Paço Municipal marcou a assinatura do decreto nesta terça-feira (29/6). A solenidade abriu a programação da Semana Afonso Schmidt.

A tradicional Semana Afonso Schmidt de Cubatão foi aberta em grande estilo nesta terça-feira (29/6) com a assinatura do decreto que oficializa o Grupo Rinascita como patrimônio cultural da cidade. Os músicos se apresentaram no Saguão do Paço Municipal mostrando à comunidade toda a magia do grupo, que transporta, das partituras para os nossos ouvidos, a bela música dos períodos renascentista e barroco.

A partir de agora, o Grupo Rinascita é considerado um "bem imaterial" do município de acordo com Welington Borges, presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Condepac). Para ele, Cubatão sai na frente com esse tombamento: "Não temos notícia de que outra cidade no Brasil tenha um grupo musical de época tombado como patrimônio cultural. É um grande passo em direção à preservação da nossa Cultura", afirmou Welington durante a cerimônia.


A apresentação musical em plena manhã na Prefeitura quebrou a rotina da população e dos servidores municipais, que ficaram impressionados com o som diferenciado do Rinascita. Usando alaúde, guitarra barroca, violoncelo, flautas doces e percussão, instrumentos réplicas dos utilizados entre os séculos XIV e XVIII, os 16 músicos do Grupo encantaram ao som das melodias de época. "Parece que eu viajei no tempo! Me senti num daqueles salões de baile da idade média", afirmou Ivone Souza, aposentada.

O chefe de Gabinete, Gerson Rozzo, representou a prefeita Marcia Rosa e falou sobre a importância de termos os chamados "bens imateriais", afinal, são eles que também garantem a identidade cultural de um povo. Para a secretária de Cultura e Turismo, Patrícia Campinas, a assinatura do decreto é uma grande conquista do cubatense. "O tombamento é um presente não somente para este grupo. Acredito que todos os músicos da cidade se sintam reconhecidos pelo seu valor e seu talento", disse a secretária. Estiveram presentes na cerimônia também os secretários Fernando Alberto Henriques Jr (Ação Governamental), José Roberto Calazans (Administração), Ronaldo Cardoso de Souza (Audit), além de Marcos Sadao Shirakawa, maestro da Banda Sinfônica de Cubatão.


São 35 anos de muita música – O tombamento foi um momento especial para a musicista Gênova Silva Soares, que faz parte do Rinascita desde o início, quando ela ainda era estudante de flauta no Conservatório nos anos 70. Emocionada, ela e outros músicos, representando três diferentes gerações, foram homenageados pelo diretor artístico do Rinascita, Albino de Oliveira. O Rinascita surgiu em 1974, dentro do então Conservatório Musical de Cubatão. Foi uma idéia do professor Rodrigo Augusto Tavares. O objetivo era levar ao público melodias das épocas medieval, renascentista e barroca, mas acabou ultrapassando os limites escolares. E de um projeto experimental foi oficializado como grupo integrante da Prefeitura de Cubatão em 1986.

Por ser um grupo que toca música de época, o repertório é sempre fruto de muita pesquisa. Agora, o Rinascita quer trazer ao público peças de Johann Caspar Ferdinand Fischer, um compositor alemão que é o grande responsável por levar o estilo barroco francês à Alemanha. "Bach e Handel conheciam a obra de Fischer e por vezes fizeram uso dela. São canções muito bonitas. Estamos estudando, também, um momento musical histórico da família real no Brasil, abordando a música do padre José Maurício Nunes Garcia no início do século XIX", disse o diretor artístico, fazendo planos para o futuro.

Texto: Morgana Monteiro
Fotos: Dilson Mato Grosso

ALUNOS DO PROGRAMA BEC SE ENCANTAM EM OFICINA DE MÚSICA


Eles passaram o dia no Instituto Bacarelli, na capital, onde tiveram aulas com músicos da Orquestra NDR, da Alemanha.

Acostumados a uma rotina de aulas que inclui teoria e prática de instrumento, na sede do Programa BEC, os alunos da Banda Escola de Cubatão tiveram uma oportunidade incrível esta semana: participaram de oficinas musicais com integrantes da Orquestra NDR da Alemanha. Os jovens acompanharam os master classes de violino, flauta, clarinete, trompete e trombone. Pelo menos 40 crianças e adolescentes embarcaram nessa viagem musical.

Em cada sala do Instituto Bacarelli, referência de projeto sóciomusical, o que víamos eram alunos interessados e dispostos a aprender dicas com quem vive da música. Os chamados master classes ou oficinas de música são muito utilizados para capacitação de instrumentistas profissionais. Mas tem sido comum hoje em dia integrar estudantes a este tipo de atividade porque os estimula a continuar buscando conhecimento musical.

As aulas foram ministradas no Instituto Baccarelli que hoje possui um prédio completamente destinado à formação musical, implantado em uma das áreas mais carentes de São Paulo, a Favela de Heliópolis. No complexo cultural, as salas de ensaio foram adaptadas para receber os estudantes de Cubatão e de outras cidades também.

Da técnica para alcançar notas musicais mais altas à maneira correta de segurar o instrumento musical, passando pelo tempo de respiração, pausa na melodia, intepretação, nada foi esquecido pelas "feras" alemãs que deram as aulas. Os músicos são contratados pela NDR Orquestra Filarmônica de Rádio, de Hannover, uma das mais versáteis da Alemanha. A NDR realiza anualmente inúmeras transmissões radiofônicas, turnês de gravação de cds, sendo muito requisitada por seu nível artístico e ousadia. Ganhou força no pós-guerra e se firmou com o passar das décadas, como uma das mais importantes orquestras do mundo. Além de participar dos master classes, a Orquestra se apresentou em várias cidades brasileiras no mês de junho, sob o comando do maestro Eiji Oue, comemorando os 60 anos de existência do Grupo.


Progama BEC – Banda Escola de Cubatão: O projeto foi criado em 2003 com o objetivo de levar conhecimento musical a crianças e jovens da cidade e, aos poucos, tornou-se um grande núcleo formador de músicos preparados para a profissionalização. São aulas de violino, violoncelo, viola, flauta, fagote, trompete, trompa, saxofone, eufônio, oboé, percussão, trombone, contrabaixo acústico, canto e musicalização infantil. Hoje o projeto tem mais 700 integrantes e além da sede que funciona dentro do Parque Anilinas, mantém núcleos em bairros como Vila dos Pescadores, Jardim Nova República, Vila Nova e Pilões.

Texto: Morgana Monteiro

BIBLIOTECAS MUNICIPAIS DE CUBATÃO TÊM NOVOS LIVROS À ESPERA DE]OS LEITORES


São quase 300 títulos diferentes, com destaque para Literatura Infantil. Os livros foram adquiridos com investimento do Governo Municipal e são, também, fruto de doações

O tempo em que Biblioteca Municipal era sinônimo apenas de livros de pesquisa já passou. As bibliotecas se modernizaram e é possível encontrar nas prateleiras romances de autores contemporâneos, títulos que muitas vezes figuram no topo da lista dos mais vendidos em livrarias de todo o Brasil. Em Cubatão, essa história não é diferente. E a Biblioteca Central da cidade vai além: está disponibilizando só este mês 279 novos títulos, fruto de investimento do Governo Municipal e de doações recebidas da Secretaria de Cultura do Estado.

Destaque para a renovação do acervo infantil. São 90 livros de escritores importantes como Eva Furnari, Ana Maria Machado, clássicos como "Poemas para crianças" de Fernando Pessoa, "Lili inventa o mundo" de Mário Quintana, "O mistério do coelho pensante" de Clarice Lispector e "Zoo" de Guimarães Rosa. A remessa inclui, ainda, títulos juvenis e adultos de autores de primeira grandeza tais como Moacyr Scliar, Nelson Rodrigues, Nelson Mota, Alice Ruiz (que recentemente esteve na Biblioteca de Cubatão participando do projeto Viagem Literária).

Para ter acesso a um dos títulos é fácil: basta se cadastrar na Biblioteca Municipal Central que fica na av. 9 de Abril, 1977. É preciso levar documento de identidade original e comprovante de residência. Os leitores podem, também retirar os livros nas outras unidades da Biblioteca que funcionam no Jardim Casqueiro, Jardim Costa e Silva (UME Padre José de Anchieta) e Vila Nova (UME Bernardo José Maria de Lorena). Outras informações estão disponíveis no blog www.bibliotecacubatao.blogspot.com .

Texto: Morgana Monteiro
Fotos: Dilson Mato Grosso

ESCRITORA DE CUBATÃO LANÇA LIVRO INFANTOJUVENIL

Em entrevista, Mô Amorim fala da criação de "A Nuvem Vermelha"

A escritora cubatense Mô Amorim está lançando seu primeiro livro, "A Nuvem Vermelha", que conta a história de uma menina, Lua, e seu crescimento até a vida adulta. O livro é uma publicação da Editora Adonis (www.editoraadonis.com.br) e conta com ilustrações de Nice Lopes, funcionária da Prefeitura de Cubatão (http://www.nicelopes.blogspot.com).

A história de Lua é a história de sua formação, da pré-escola à universidade, onde, apaixonada pela vida da natureza que a cerca, opta por Biologia. Embora não seja nomeada em qualquer momento, a cidade de Lua, com mangues e indústrias, percebe-se que é Cubatão.

As frases curtas, comuns nos livros voltados para crianças, se aproximam muitas vezes de versos, inclusive com rimas e repetições, mecanismo comum da oralidade e das histórias contadas que fisga o leitor/ouvinte. Na entrevista abaixo, a própria autora destaca esse aspecto, ao revelar que escreve "lendo as palavras em voz sussurrada". Um exemplo é o trecho abaixo, do Capítulo da Menina Sabida, que conta a rotina da menina da casa à escola:

"- Hora do colégio, Lua!

A mãe e as horas

- Você está atrasada!

- Viu que horas são?

- Lua! Falta um minuto pra uma!"

Por causa da habilidade da escritora, a história de Lua tem condições de ser acompanhada naturalmente por crianças e adolescentes mais jovens. Mas toda uma geração que cresceu em Cubatão nos anos 80, ou que conheceu a cidade, também vai se identificar com a protagonista porque, assim como ela, testemunhou o "Capítulo da Nuvem Cinza" que substitui a nuvem vermelha do título, na verdade uma revoada de guarás vermelhos:


"Faz tempo que Lua não vê mais

Nuvem vermelha

Passando pelo céu

Só nuvem cinza

Poluição

Gente tossindo

Natureza triste

Árvores secando".



A partir desta situação, a protagonista decide estudar biologia e tomar parte nas transformações que passam a ocorrer na cidade, até que a nuvem vermelha que dá nome ao livro, tão presente em sua infância, volta a sobrevoar a cidade.

Vale destacar o achado da escritora no uso das metáforas das nuvens cinza e vermelha para a poluição e para os pássaros. O próprio contraste entre as duas cores aponta para a mudança nos ares da cidade e o envolvimento da personagem em entender e fazer parte do processo.

A nova ficção de Cubatão – "A nuvem vermelha" surge em um momento em que a ficção realizada na cidade busca refletir o processo de industrialização, suas consequências ambientais, as tragédias e a recuperação ambiental. Em outra chave isso é o mesmo que ocorre na poesia onírica de Marcelo Ariel, autor de Tratado dos anjos afogados", e nas próprias ilustrações de Nice Lopes. São autores que fazem da arte uma forma de entendimento do mundo, nos moldes do que escreveu a ensaísta e crítica literária argentina Beatriz Sarlo:

"A literatura, é claro, não dissolve todos os problemas colocados [pela reflexão sobre a sociedade], nem pode explicá-los, mas nela um narrador sempre pensa de fora da experiência, como se os humanos pudessem se apoderar do pesadelo, e não apenas sofrê-lo".

As obras de Mô Amorim, Marcelo Ariel e Nice Lopes fazem isso.

A seguir, entrevista com a autora de "A nuvem vermelha", que mantém o blog Estripitize-se (http://estripitizese.blogspot.com):

1) Que livro é "A nuvem vermelha"? Que história ele conta? E para quem?

É a história de uma menina sonhadora chamada Lua. Enquanto ela cresce, o lugar em que vive sofre transformações drásticas, o que a incomoda muito. Ela sai atrás de respostas e acaba descobrindo a si mesma. É um convite ao sonho. Não ao sonho preguiçoso e acomodado, mas ao sonho que nos faz estudar, pesquisar, questionar os valores vigentes de um lugar. É complicado classificar uma faixa etária para um livro. Eu, por exemplo, comecei a escrever inspirada por um livro "Os risadinhas". E é um livro considerado infantil. Mas extremamente inteligente e com umas tiradas ótimas. Mas acredito que "A nuvem vermelha" terá maior correspondência entre crianças e jovens, que ainda podem fazer algo pela natureza.


2) E a personagem Lua, que tipo de espelho é ela da Lua, nosso satélite natural?

Lua, a personagem principal do livro, possui três características envolventes: sonhadora, sensível, forte e fascinante. Quase como a lua, que possui quatro fases, e cada uma com suas características, Lua tem tudo a ver mesmo com nosso satélite natural, como você mesmo afirmou em sua pergunta. Como a literatura tem muito de símbolos, eu quis esse mistério que a lua traz. A lua simboliza algo oculto, que está para se revelar a qualquer momento. E isso acontece na narrativa. Lua é sonho e ao mesmo tempo, é ação revelada por sua força. É sensível, a ponto de perceber o que a cerca, e fascinante por conseguir encantar.



3) Como está o lançamento do livro? Terá noite de autógrafos?

Ainda preciso confirmar uns lugares. Como conheço muita gente, fica complicado. (risos). Tenho meus alunos que viraram amigos, e tenho também os amigos. Mas gostaria de duas noites de lançamento: uma em Cubatão, pois devo muito a esta cidade na qual passei minha infância e adolescência, e outra em Santos, que é a cidade que escolhi para ficar velhinha. Não posso falar de espaços porque ainda não conversei com as pessoas responsáveis.


4) O fato de ter ilustrações teve que tipo de influência na concepção do livro?

Bem, eu tinha uma encomenda com prazo: escrever uma história sobre ecologia em seis dias. Quando o plano é escrever um conto, por exemplo, eu já sei que ele não vai ser ilustrado. Então, eu tento esgotar todas as formas de compreensão do leitor buscando na palavra o desenho da cena. Eu tinha um número de páginas para respeitar. Também já sabia que não poderia explicar tudo, "ilustrar" com palavras minhas ideias, para não cansar o leitor mirim. No caso deste livro, tudo foi muito particular. O "casamento" entre ilustração e narrativa foi tão perfeito que dá quase a sensação de que a ilustração veio antes. É meio complicado de se entender, mas isso torna tudo mais divertido. A verdade é que eu já tinha o final do livro na cabeça. Parece engraçado isso, não? Eu não tinha o miolo do livro, nem tampouco seu início. Apenas o final. Mas o mais interessante é que o final veio a mim não por palavras, e sim por imagens. È que quando escrevo, na verdade, estou vendo. Quando escrevo, remonta em mim uma cena estática, uma pintura, um quadro, uma ilustração. E sempre é assim. Eu vi a Lua adulta, linda, sensível e forte, suja da lama do mangue úmido e vi guarás-vermelhos voando sobre ela, arrancando, num gesto de gratidão, suas próprias penas e jogando sobre a heroína, formando nela um vestido. Era uma imagem de sonho. Enquanto eu sonhava com a narrativa, eu sabia que não existia outra pessoa que pudesse traduzi-la que não fosse minha amiga Nice Lopes. Nós nos conhecemos desde a infância e ela é a melhor ilustradora que conheço para traduzir minhas idéias. Ela me deixou muito à vontade para explicar minhas imagens mentais. O incrível é que ela conseguiu traduzi-las perfeitamente. E foi muito gentil quando perguntava a mim se era aquilo mesmo que eu havia imaginado. Eu posso dizer que ela continuou o livro, porque há sempre um texto guardado nos desenhos dela. Agradeço aos céus por este encontro, pois a Nice foi minha grande incentivadora a criar meu blog. Foi aí que tudo começou.


5) Que escritora é Mô Amorim? O que você busca na escrita?

Eu não sei ainda. Na verdade, não tenho a palavra 'escritora' grudada de forma leve em minha língua. Não sai fácil. Não me apresento como escritora, por exemplo. Eu sei que leio porque tenho medo de avião e por causa disso deixarei de ir a muitos lugares com que sonhei. E a leitura me leva. Mas quanto a escrever, acho, às vezes, ser um atrevimento meu. Talvez não consiga responder a esta pergunta sua sobre qual escritora é Mô Amorim. Mas tentarei descobrir agora mesmo (risos) por que escrevo. Bem, porque coisas me tocam. Eu sou de poros. E tenho um coração que gosta de dividir sensações. Então, se vejo a um filme que me toca, uma música que me embala, uma vitrine que me chama ou uma cor mais carmim no meu dia, eu gosto de escrever sobre isso. Eu me derreto quando escrevo. É como um violino num acorde cortante. Eu escrevo para me sentir. Isso é tão forte, não é? E eu sei que parece piegas, mas essa é toda a verdade. (risos) Eu sei que já escrevi pra ser amada. Não deu certo. Nunca. (risos de novo) Também já escrevi pra me vingar. Mas escrever acaba sendo sempre esse traço torto que sai de dentro, e nunca sai como quero. Há certos dias em que não consigo escrever, digitar um 'oi' a um amigo. Já cheguei a um ponto em que os dedos viraram meu aparelho fonador. Eu escrevo lendo as palavras em voz sussurrada. Para mim. Talvez por isso escrever seja algo tão intenso. É como se eu quisesse mostrar o poço que tem lá dentro. Mas daqui a pouco esse poço vira um oceano, e eu não sei mais o que escrever, como achar a palavra que descreva o profundo de lá. Isso me fez lembrar agora do saudoso Rodrigo de Sousa Leão quando afirmava que é preciso escrever pra gente. É isso: escrevo pra mim.


6) Para fechar: como andam os planos e projetos para frente?

Bem, antes de finalizarmos, quero agradecer imensamente por esta oportunidade de expressar o que sinto em relação à escrita. Isso, de certa forma, constrói parte do que sou. Agora, quanto aos meus planos, posso afirmar que são planos felizes e bobos. Felizes porque são divertidos e me trazem paz. Bobos, porque são simples, despretensiosos. Eu gostaria muito, Alessandro, de conseguir ver o livro "A nuvem vermelha" sendo objeto de leitura para alunos de Cubatão. Já existe um projeto pronto para isso, mas precisa de incentivos, ou seja, do patrocínio de alguma empresa ou órgão interessado em aumentar a cultura na cidade. Eu fico muito triste por constatar que não há uma livraria sequer em Cubatão. Isso me deixa envergonhada, constrangida, triste mesmo. Eu peço para meus alunos lerem, e eles não têm um lugar em sua cidade para comprar livros. Não digo só comprar, mas visitar também. O espaço de uma livraria não é apenas comercial, mas cultural. Ali um jovem pode entrar em contato com mundos diferentes do seu, ampliar horizontes, descobrir seus próprios caminhos. Será que os moradores só precisam de roupas, comida e carros? Eu criei meus filhos levando-os a ouvir e ler histórias em livrarias. Eu gostaria que outros pais tivessem também este privilégio, de conceder aos filhos o gosto pela leitura. As coisas boas que tive na vida, eu sempre desejo a todos. Quanto aos projetos mais pessoais, pretendo reunir meus textos do blog (www.estripitizese.blogspot.com) em um livro. Ah! Eu me enganei, esse sim seria um baita sonho grande! O blog já teve mais de 35 mil acessos e, através dele, já fiz muitos amigos entre leitores e escritores. Tem sido um espaço onde posso mostrar minha escrita sem amarras, como sugere o próprio nome do blog no imperativo: "Estripitize-se", ou seja, solte-se, mostre a alma, mente e coração. Escrever é mostrar-se, desnudar-se das palavras presas. E eu, Alessandro, sempre quis ser livre!

Texto: Alessandro Atanes
Foto: Ilustração de Nice Lopes

CORAL CANTO MÁGICO FAZ ENSAIO ABERTO NESTA QUINTA-FEIRA NO ROTARY CLUB

Objetivo é apresentar à comunidade as etapas de um ensaio do grupo, formado por crianças e jovens de 6 a 18 anos

O Coral Petrobras Canto Mágico realiza na próxima quinta-feira, dia 1º de julho, seu ensaio aberto anual, das 18h30 às 20h, nas dependências do Rotary Club de Cubatão (Rua 15 de novembro, 90 – Vila Nova). O objetivo é mostrar todas as etapas de um ensaio de coral, desde o aquecimento vocal até a preparação corporal e o estudo de repertório.

Regido pela professora Sonia Onuki e com a participação da assistente Silene Maia, da pianista Juliana Góes e da diretora cênica Eliana Tavares, o Coral Canto Mágico é formado por 75 crianças e jovens de 6 a 18 anos. Segundo a maestrina, o ensaio aberto é dirigido a professores, gestores, artistas, dirigentes e à comunidade em geral.

Criado em junho de 1994, o Coral Canto Mágico tem patrocínio da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC)/Petrobras e apoio do Rotary Club de Cubatão. Já passaram pelo grupo cerca de 900 crianças nos seus 16 anos de existência.

Texto: Cecília Beu

sexta-feira, 25 de junho de 2010

ALICE RUIZ QUER SER CHAMADA DE POETA


Em verso e prosa, a escritora brindou Cubatão com sua participação no projeto Viagem Literária. A Biblioteca Central ficou lotada

O compromisso poético que Alice Ruiz assumiu é com a autoexpressão. Dona dessa e de outras considerações, a escritora esteve na Biblioteca Central da Cubatão, participando do Projeto Viagem Literária, nesta quarta-feira (23/6). A casa ficou lotada: presente para qualquer escritor que vem expor suas idéias, havia muita gente interessada em escutar o que Alice tinha a dizer. E ela começou com sua história de vida, costurando ponto a ponto junto às suas roupas poéticas: letra de música, poesias haikai e tradicional.

Lembrou do tempo em que sua família achava uma grande perda de tempo se dedicar à leitura. Escondia-se para ler e para escrever. “Descobri que nasci para fazer poemas lendo Mário Quintana. Poesia é uma vocação, a gente só trabalha isso com o passar dos anos”, afirmou. Ela disse que a sua carreira como escritora aconteceu por prazer e uma necessidade da alma. A autora não consegue se imaginar sem esse viés de autoexpressão. Para ela, todo ser humano precisa encontrar o que lhe garante essa manifestação de si mesmo: seja fazendo poesia, costurando, cozinhando, educando crianças e até mesmo construindo prédios... porque é um fator interior.

O bate papo com a escritora é parte do projeto Viagem Literária, da Secretaria de Cultura do Estado. Até o fim do ano, várias bibliotecas públicas paulistas receberão atrações mensais ligadas à literatura. E desde a primeira edição do projeto em 2008, Cubatão participa dessa grande “Viagem”. Foi o primeiro município da Baixada Santista a aderir ao Programa. O objetivo é estimular o prazer da leitura e formar novos frequentadores de bibliotecas públicas. Em agosto, vai ter Contação de Histórias, com outro escritor.

Para Alice Ruiz, a oportunidade de estar em contato com o público e saber o que as pessoas acham de seu trabalho é muito interessante, uma vez que ela atua em várias frentes na literatura. Já lançou 19 livros entre poesia, traduções e uma história infantil. E vem se dedicado bastante à poesia chamada haikai, que descobriu ao lado do também poeta Paulo Leminski (1944-1989), com quem já foi casada.

Originários do Japão, os poemas haikai têm características especiais como: falam sobre a natureza e coisas concretas; são curtos, de apenas três linhas; coloca o homem em harmonia com a realidade. Criados para refinar a sensibilidade de quem vivia nos mosteiros da renascença ou apenas por diversão na corte imperial, o haikai encantou Alice a ponto dela se aprofundar, estudar o tema e há algum tempo, e além de escrever, ministrar oficinas sobre o assunto. Ela diz que através dessa poesia vemos significados que só aprendemos com a natureza. “O haikai é praticamente uma fotografia em palavras”, considerou. Muitos de seus haikais podem ser lidos no site www.aliceruiz.com.br .Este é um deles:

“o vento passou
restou apenas
o aceno das árvores”.



Ela quer ser chamada de “poeta”: Alice Ruiz gosta de escrever sobre a vida. Para ela, poesia é a expressão do pensamento, traz consigo um sentimento contemporâneo, apontando para onde as coisas seguem. E por isso mesmo, quando perguntada sobre o papel da mulher na literatura brasileira, a escritora ponderou: “Temos que caminhar muito, ainda”.

Alice comentou que antigamente não existia “poetisa”, todo mundo era “poeta”. Com as batalhas do início do século passado, os homens foram para a guerra e as mulheres assumiram outros papéis, além de serem esposas e mães. Quando esses homens voltaram do front, essas mulheres também retornaram aos seus postos iniciais e passaram a ser chamadas de poetisas. “Eu vejo que naquele momento as pessoas não queriam que as mulheres pensassem. Poetisa é uma palavra carregada demais. Prefiro ser chamada de poeta”, afirmou, acidamente.

Uma das facetas mais admiráveis de Alice Ruiz é a de compositora, e ela também falou sobre isso. Enquanto o haikai encontra a fonte na natureza, a poesia e letra de música são inspiradas em “gente”. Já fez parcerias com Arnaldo Antunes, Itamar Assumpção, Ná Ozzetti, Zeca Baleiro, entre outros. Em 2005 lançou com Alzira Espíndola o CD Paralelas. Já garimpou pensamentos que se transformaram em lindas canções como “Milágrimas”, interpretada por Zélia Duncan.


Na tarde desta quarta-feira, Alice Ruiz recitou algumas letras, entre elas, “Sem receita”, que traz uma inesperada receita de frango. Muitos podem ter pensado: “receita de frango? Algo tão comum, cotidiano...”. Mas não é não: é poesia da melhor qualidade:

“Primeiro lenta e precisamente
Arranca-se a pele
Esse limite da matéria
Mas a das asas, melhor deixar
Pois se agarra à carne
Como se ainda fossem voar
...
E o peito nu
Com sua carne branca
Nem lembrar a proximidade do coração
Esse não!
Quem pode saber como se tempera o coração?”


Texto: Morgana Monteiro
Fotos: Rodrigo

CIA DE DANÇA DA SINFÔNICA DE CUBATÃO ABRE FESTIVAL NO INTERIOR DO ESTADO


O 3º Festival Gala Studio A vai reunir as melhores companhias do interior, na cidade Vinhedo. A Cia de Dança é a convidada especial e apresentará três coreografias.

A agenda da Cia de Dança da Sinfônica não pára. Na próxima sexta-feira, os bailarinos seguem viagem até a cidade de Vinhedo. O Grupo foi convidado para abrir o 3º Festival Gala Studio A, competição de dança já tradicional no interior do estado. A apresentação é dia 25/6 a partir das 20h no Teatro Municipal Sylvia de Alencar Matheus.

A Cia de Dança vai apresentar três montagens no evento. A primeira será "Lamentos do mar", coreografia vencedora do Mapa Cultural Paulista, quando a Cia venceu a etapa, sendo a representante de toda a Baixada Santista. Mostra o cotidiano de uma vila de pescadores, seus amores e desencontros. O público também terá a oportunidade de conferir "Iracema", música-tema composta por Adoniran Barbosa. A coreografia é uma homenagem a este grande nome da MPB. Utilizando técnicas contemporâneas, a montagem mistura dança e teatro e encanta pelo inesperado.

A noite vai terminar ao som dos anos 50, com a apresentação de "Golden Days". A coreografia faz uma viagem pelos chamados "Anos Dourados": é genial, alegre, colorida, cheia de jazz. O figurino é impecável, com direito a vestido de cetim e muito glamour na maquiagem, rabos-de-cavalo à la Brigite Bardot, coques gigantes. Todos ali, com certeza, serão transportados para aquela época.

Com 10 anos de existência, a academia Studio A acumula mais de 150 premiações em festivais como Passo de Arte, Festidança, Dança Ribeirão, Enda e Festival de Dança de Joinvile, e já tem tradição por organizar Festivais e Competições de Dança. Desta vez, na sua 3º edição, o evento vai reunir academias de várias cidades, onde os grupos competirão nos estilos ballet, jazz e sapateado.

Texto: Morgana Monteiro

foto: Jefferson Fernandes

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SEMANA AFONSO SCHMIDT TEM NOVIDADES EM 2010


A programação, que vai de 29/6 a 2/7, está eclética: haverá tombamento do Grupo Rinascita como bem imaterial, bate-papo com escritores e Varal de Poesias e Textos

A tradicional Semana Afonso Schmidt já tem data definida: vai ser de 29/6 a 2/7. A programação está recheada de novidades, como o tombamento do Grupo Rinascita de Música Antiga como bem imaterial, bate-papo sobre literatura e exposição de poesias. A idéia é fazer a cultura circular no município, usando como fio condutor a literatura de Schmidt, ilustre filho da cidade.

Junto com as atividades culturais que pontuam a Semana, vem, também, uma ótima notícia: o tombamento do Grupo Rinascita, como bem imaterial de Cubatão. A iniciativa, do Condepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural). A assinatura do decreto pela Prefeita Marcia Rosa, que valida o tombamento, ocorre no dia 29/6 às 10h, no saguão do Paço Municipal. O Rinascita é um grupo de música antiga que surgiu em 1974, dentro do então Conservatório Musical. Com um repertório voltado para música renascentista e barroca, os músicos utilizam instrumentos que são réplicas daqueles utilizados nos grandes salões de baile europeus, como guitarra barroca, alaúde, uma família de flautas doces, viola da gamba e instrumentos de percussão.

Durante a Semana Afonso Schmidt acontece também a exposição "Poesia Visual", do artista Paulo de Toledo. No chamado "varal de leitura" instalado em frente à Biblioteca Central, o público vai encontrar poemas, contos e ensaios do escritor publicados em sites especializados em literatura. Nascido em Santos, Paulo de Toledo tem uma vida intelectual e literária atuante: é colaborador da revista de poesia Babel, vencedor do da categoria poesia no V projeto Nascente (USP/Editora Abril 1995) e do I Concurso Binacional de Conto Brasil-México (2001).

Dia 1°/7 às 20h haverá Mesa Redonda em que intelectuais e público poderão discutir a obra de Afonso Schmidt. Fazem parte da mesa de debates: o escritor Marciel Ariel, escritor e ator Cícero Gilmar Lopes, jornalista Alessandro Atanes e o ator e poeta Natan Alencar. O bate-papo acontece na OAB de Cubatão, que fica na rua Joaquim Miguel Couto, 106.

Com o objetivo de divulgar a vida e obra de Afonso Schmidt, a programação também conta com a Leitura Dramática da peça "Carne para canhão", escrita por Schmidt em 1934, detalhando o front da Revolução Constitucionalista. A obra já foi traduzida para espanhol e italiano. A Leitura está marcada, encerrando as homenagens, para as 20h do dia 2/7 na Biblioteca Municipal Central.


Afonso Schmidt – Afonso Schmidt nasceu em Cubatão em 29 de junho de 1890. O menino trazia com orgulho o sobrenome de seu bisavô, um alemão que viera ensinar os rudimentos da arte guerreira aos toscos soldados de Dom Pedro I. De Cubatão, levado pelos pais, foi morar em São Paulo na Rua Bresser, em meio a fábricas de chocolates e confecções. Foi em um grupo escolar do Brás que Afonso Schmidt, lá por 1904, teve a primeira experiência com as letras: ganhou de um colega uma pequena impressora, um trambolho com o qual, na verdade, não se entendeu. Nas férias, ao retornar para a casa dos avós, o menino trouxe a pequena tipografia e começou a compor o que poderia ter sido o primeiro periódico de Cubatão, naquela Cubatão bucólica, a esse tempo um arrabalde muito distante de Santos. Logo depois, de volta a São Paulo, juntamente com Oduvaldo Viana, publicou o semanário Zig-Zag. Não tinha ainda 16 anos. Já colaborava com jornais do interior de São Paulo. Por essa época, atraído pelas festas de posse do presidente Afonso Pena, decidiu viajar sozinho para o Rio de Janeiro, então capital da República. Seu primeiro livro, "Lírios roxos", foi editado com dinheiro que sua mãe juntou e emprestou ao filho, que o vendeu de porta em porta. Em 1907, com 16 anos, parte para Lisboa. Resolve ir a Paris, onde consegue emprego numa editora que preparava um dicionário francês-português. Depois de um ano na Europa, retorna a Santos e dedica-se ao jornalismo. Em 1911 publica seu primeiro livro de poesia, "Janelas Abertas". Em Santos foi redator dos jornais Folha da Noite, Diário de Santos e A Tribuna. Em 1924 trabalha em O Estado de S.Paulo, onde permaneceu quase até os seus últimos dias. Foi nesse jornal que publicou em folhetim no suplemento literário alguns de seus principais romances: "A Sombra de Júlio Frank", "A Marcha" e "Zanzalá". Em 1950, a revista O Cruzeiro concedeu-lhe um prêmio pela obra "Menino Felipe". Em 1963 recebeu o prêmio O Intelectual do Ano, troféu Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores. Faleceu em 3 de abril de 1964, na cidade de São Paulo, aos 73 anos.

Programação da Semana Afonso Schmidt
Dia 29/6 às 10h
Assinatura do decreto de tombamento do Grupo Rinascita
Local: saguão do Paço Municipal

De 29/6 a 01/7
Exposição "Poesia Visual" de Paulo Toledo
local: saguão do Paço Municipal

Dia 01/7 às 20h
Mesa Redonda: discutindo a obra de Afonso Schmidt
Convidados: Marcelo Ariel, Manoel Herzog, Cícero Gilmar Lopes, Alessandro Atanes e Natan Alencar
Local: OAB/Cubatão, av. Joaquim Miguel Couto, 106

Dia 2/7 às 20h
Leitura Dramática da peça "Carne para canhão"
Local: Biblioteca Municipal Central

Texto: Morgana Monteiro

CIA DE DANÇA DA SINFÔNICA DE CUBATÃO ENCANTA NO MAPA CULTURAL PAULISTA

Em grande estilo, a Cia representou a Baixada Santista no Festival e estreou a coreografia "Iracema"

A Cia De Dança da Sinfônica de Cubatão representou a Baixada Santista em grande estilo neste fim de semana, durante a Mostra do Mapa Cultural Paulista. Os bailarinos subiram no palco do Teatro da Dança, na capital, dando o pontapé inicial na maratona de apresentações. Foram três dias em que 13 companhias de dança, as melhores do estado de São Paulo, exibiram suas criações e mostraram por que foram escolhidas para representar suas regiões.

O Grupo de Cubatão abriu a noite com "Lamentos do mar", coreografia vencedora da etapa regional do Mapa. A montagem retratou, de maneira singela, o cotidiano de uma vila de pescadores. O fio condutor da trama é uma história de amor, as alegrias e dores desses trabalhadores do mar e seus amores. A coreografia impressionou pela atuação dos bailarinos e a carga emocional presente na expressão corporal do grupo e nas canções usadas. Ao fim da coreografia, que tem quase 10 minutos de duração, o que víamos era uma platéia com olhos cheios de lágrimas.

A outra performance da Cia, uma estréia, veio em forma de homenagem ao compositor, cantor e ator Adoniran Barbosa, cujo centenário de nascimento é comemorado em 2010. Cada equipe ficou livre para desenvolver o tema e escolher a canção. A Cia de Dança da Sinfônica optou por "Iracema". Utilizando elementos da dança contemporânea, aliados às técnicas de expressão corporal do teatro, a coreografia traz qualidade e força estética, resultando em um trabalho de grande impacto técnico e visual. Uma canção capaz de comover e fazer rir, ao mesmo tempo. O resultado é o espelho de um grande homem: alegre e triste, brincalhão e introspectivo, mas, acima de tudo, um dos maiores compositores brasileiros.

Dança e teatro se misturaram nesta bela montagem da Cia. As lembranças daquele homem que perdeu seu grande amor; as noivas vestidas de preto relembrando a Iracema que partiu... e, de repente, a própria Iracema entra em cena: vestido branco, maquiagem borrada, véu vermelho, cheia de simbolismo. "Adoniran soube explorar, como poucos, essa linha que dividade a alegria e a tragédia, porque, além de compositor, era humorista. E essa cabção, na voz pungente de Clara Nunes, nos impulsionou a retrarar essa 'Iracema' estilizada", afirmou o coreógrafo da Cia, Zeca Rodrigues.

A Cia esteva ao lado dos melhores grupos do estado, cada um representando sua região de origem: Centro de Artes Lilian Gumieiro (Grande São Paulo), CBS Street Factory (São José dos Campos), Faces Ocultas (Sorocaba), Escalada Ballet (Araçatuba), Dançart (Presidente Prudente), No Break (Ribeirão Preto), Galpão 6 (São José do Rio Preto), Zulmira Gatto Ballet (Vale do Ribeira), Cia Shuffle Trips (Araraquara), Arte de Rua (Bauru), Cia de Dança Kahal (Campinas), Grupo Pietra Lincah (Marília).

Reconhecimento – além das apresentações, a Cia de Dança recebeu um troféu da direção do Mapa Cultural Paulista, pela participação e vitória na Fase Regional, entregue nas mãos do coreógrafo Zeca Rodrigues e da Diretora Artística, Vanessa Toledo. Agora, todas essas companhias se preparam para, no segundo semestre, percorrer várias cidades do interior e litoral com a Mostra apresentada neste fim de semana. A Cia de Dança da Sinfônica está incluída neste grande Corredor da Dança, e apresentará as duas coreografias: "Lamentos do mar" e "Iracema". Uma oportunidade imperdível de divulgar o trabalho e, principalmente, formar público.

Texto: Morgana Monteiro
Foto: Dilson Mato Grosso

JOVENS DO BEC PARTICIPAM DE OFICINAS COM MÚSICOS INTERNACIONAIS


Master classes acontecerão no Instituto Bacarelli, na capital, nesta terça-feira (22)

Jovens do Programa BEC – Banda Escola de Cubatão – continuam sua caminhada em busca pela excelência. Nesta terça-feira, um ônibus lotado de crianças e adolescentes parte em direção ao Instituto Bacarelli, na capital, para que esses jovens talentos participem de oficinas com músicos alemães, da NDR Orquestra Filarmônica de Rádio, de Hannover. As chamadas master classes acontecerão das 10h às 13h.

Os alunos de BEC terão aulas de violino, flauta, clarinete, trompete e trombone. Ter essa vivência com instrumentistas estrangeiros é uma oportunidade incrível para quem está estudando, já que a NDR é uma das orquestras mais versáteis da Alemanha. Esta é a segunda vez este ano em que estudantes do BEC participam de eventos de formação deste tipo. Em abril, também no Instituto Bacarelli, os jovens aprenderam novas técnicas com instrumentistas do Ensemble Berlim, também da Alemanha.

Progama BEC – Banda Escola de Cubatão: O projeto foi criado em 2003 com o objetivo de levar conhecimento musical a crianças e jovens da cidade e, aos poucos, tornou-se um grande núcleo formador de músicos preparados para a profissionalização. São aulas de violino, violoncelo, viola, flauta, fagote, trompete, trompa, saxofone, eufônio, oboé, percussão, trombone, contrabaixo acústico, canto e musicalização infantil. Hoje o projeto tem mais 700 alunos com aulas no Parque Anilinas, bairros como Vila dos Pescadores, Jardim Nova República, Vila Nova e Pilões.

Texto: Morgana Monteiro

quarta-feira, 16 de junho de 2010

MÚSICA NA ESCOLA COM A BANDA SINFÔNICA DE CUBATÃO


Música clássica, popular e até temas de desenhos animados: tem de tudo um pouco nos Concertos Didáticos da Sinfônica. Em junho, as apresentações são dias 17, 18 e 24, sempre em colégios públicos.

A música mexe mesmo com as emoções humanas. Adulto ou criança, isso pouco importa quando uma canção é tocada com criatividade. Além dos concertos especiais, a Banda Sinfônica de Cubatão realiza um programa chamado “Concertos Didáticos”. São apresentações para formação de público que acontecem em escolas para as mais variadas faixas etárias.

Agora no mês de junho, a maratona de “Concertos Didáticos” da Sinfônica prossegue. No dia 17/6 as apresentações serão na UME Elza Silva dos Santos, na Vila Esperança em dois horários: às 10h e às 14h. Com um repertório voltado para o mundo infantil, a idéia é mostrar como a Banda Sinfônica funciona, apresentar as famílias de instrumentos musicais aos alunos, incentivando a formação de público para a música erudita. “Muitos dizem que não gostam da música clássica porque não conhecem”, afirma o maestro Marcos Sadao Shirakawa, coordenador do projeto. Para ele, a música alcança os corações de maneira que somente a arte pode fazê-lo.

Já no dia 18/6, o Concerto Didático da Sinfônica aporta na UME Rui Barbosa, na Ilha Caraguatá, com primeira sessão às 10h e outra às 16h. A apresentação está inserida no evento “Eco Rui 2010”. Organizado pela direção da escola, o projeto marca a finalização do projeto temático sobre o Meio Ambiente, desenvolvido pelos alunos do 2º ao 9º ano do Ensino Fundamental neste primeiro semestre letivo. O espetáculo da Banda acontecerá às 10h30 e depois, às 16h, na quadra da escola.
E os jovens do Centro de Aprendizagem Metódica e Prática de São Vicente (Camp) também recebem o Concerto Didático no dia 24/6 às 10h30 e 13h30. Entre uma melodia e outra, o maestro fala mais sobre a atuação da Banda, mostra a diferença entre os instrumentos musicais. E Além de terem a oportunidade de conhecer canções clássicas e populares, muitas vezes bem diferentes dos estilos musicais a que esses adolescentes estão acostumados a ouvir, os jovens poderão “reger” a Sinfônica por alguns instantes, em uma brincadeira bem-humorada com o público. Momentos que prometem ser inesquecíveis.

A Banda Sinfônica de Cubatão é o resultado de 40 anos de dedicação à música de seus tantos regentes e músicos. Hoje está sob a batuta do maestro Marcos Sadao Shirakawa. Tem em sua formação 80 músicos que, juntos, apresentam a melodia perfeita. Conta ainda com cerca de 25 bailarinos que fazem parte da Cia de Dança da Sinfônica. Surgiu na década de 70 e rapidamente se tornou referência regional. Começou como Banda Musical, conquistou vários títulos em competições estaduais e nacionais, até se tornar “hours concours”, e depois, foi elevada ao estatus de Banda Sinfônica por meio de uma lei municipal. A cada ano, prepara espetáculos diferentes e nunca esquece dos Concertos Didáticos, oportunidade em que a Banda pode forma público e divulgar seu trabalho.

Serviço
Concertos Didáticos da Banda Sinfônica de Cubatão
Dia 17/6 às 10h e 14h
UME Elza Silva dos Santos
Av. São Leopoldo, s/nº, Vila Esperança

Dia 18/6 às 10h e 16h
UME Rui Barbosa, na Ilha Caraguatá
Rua Vereador Luis Pieruzzi Neto, 50

Dia 24/6 às 10h30 e 13h30
CAMP de São Vicente
Rua Dr Emílio Carlos, 264 - Vila Cascatinha

Texto: Morgana Monteiro

CIA DE DANÇA DA SINFÔNICA DE CUBATÃO REPRESENTA A REGIÃO NO MAPA CULTURAL PAULISTA


A Cia foi escolhida a melhor equipe da Baixada Santista e participa da Mostra Estadual, na Capital, junto com os outros grupos selecionados.

Cubatão reafirma sua vocação artística através da Cia de Dança da Banda Sinfônica. O Grupo representa toda a região no Mapa Cultural Paulista. A Cia vai abrir a Mostra Estadual do Mapa que acontece entre 18 e 20 de junho no Teatro da Dança, na capital. A apresentação está marcada para dia 18/6 às 20h (Av. Ipiranga, 433, Edifício Itália, Centro).

A Cia de Dança da Sinfônica foi selecionada durante seletiva ano passado, quando competiram equipes de todos os municípios da Baixada. Nesta etapa do Festival, os representantes de cada região do estado participam de uma Mostra e no próximo semestre, realizam uma maratona de apresentações percorrendo várias cidades do interior.

O Grupo de Cubatão foi convidado a abrir a noite de apresentações com “Lamentos do mar”, vencedora da etapa regional do Mapa. A montagem mostra o cotidiano de uma vila de pescadores. Narra uma história de amor, retratando as alegrias e dores desses trabalhadores e seus amores. A coreografia impressiona pela atuação dos bailarinos e a carga emocional presente nas canções e na expressão corporal do grupo.
Coreografia "Lamentos do mar"

Em comemoração ao Centenário de Adoniran Barbosa, os grupos apresentarão uma segunda coreografia, inspirada na vida e obra deste notório artista paulista. Cada equipe ficou livre para desenvolver o tema e escolher a canção: “Iracema” foi a música escolhida pelo coreógrafo da Cia de Dança da Sinfônica. “Adoniran Barbosa foi, sobretudo, um humorista. Apesar de toda alegria que passava, uma de suas grandes virtudes foi a de compor, como poucos, canções explorando a linha que divide o humor e a tragédia”, afirma o coreógrafo Zeca Rodrigues. Utilizando elementos da dança contemporânea, aliados às técnicas de expressão corporal do teatro, a coreografia traz qualidade e força estética, resultando em um trabalho de grande impacto técnico e visual.

Dentro de uma harmonia simples, Adoniran elaborou “Iracema”. Gravada originalmente pelos Demônios da Garoa, ganhou uma versão pungente na voz de outro ícone da música, Clara Nunes, que tem o próprio Adoniran recitando os versos da canção, nos brindando com um registro emocionante. Uma canção capaz de comover e fazer rir, ao mesmo tempo. Seu resultado é o espelho de um grande homem: alegre e triste, brincalhão e introspectivo, mas, acima de tudo, um dos maiores compositores brasileiros. Por essas e outras razões, essa foi a música escolhida pela Cia de Dança de Cubatão para homenagear esse artista ímpar na Mostra de Campeões do Mapa Cultural 2009, em São Paulo.

Ao lado das melhores Cias de Dança do estado – esta Fase do Mapa cria uma grande vitrine com o propósito de identificar, ressaltar e divulgar a produção cultural do interior e litoral paulista. Neste fim de semana, acontecem apresentações de Dança com os grupos vencedores em cada região do Estado. “Estar entre as melhores cias de dança do Estado já é um grande presente”, afirma Zeca Rodrigues. Além da Cia da Sinfônica, participam da Mostra: Centro de Artes Lilian Gumieiro (Grande São Paulo), CBS Street Factory (São José dos Campos), Faces Ocultas (Sorocaba), Escalada Ballet (Araçatuba), Dançart (Presidente Prudente), No Break (Ribeirão Preto), Galpão 6 (São José do Rio Preto), Zulmira Gatto Ballet (Vale do Ribeira), Cia Shuffle Trips (Araraquara), Arte de Rua (Bauru), Cia de Dança Kahal (Campinas), Grupo Pietra Lincah (Marília). Além das apresentações gratuitas, os Grupos participam de workshops e palestras com grandes nomes da dança como Cláudia Souza, Andrea Thomioka e Juliana Moraes.


Corredor da Dança Paulista – no segundo semestre, o Mapa Cultural vai percorrer cidades do interior e litoral com a Mostra apresentada este fim de semana. A Cia de Dança da Sinfônica está incluída neste grande Corredor da Dança, e lavará as duas coreografias: “Lamentos do mar” e “Iracema”. As datas ainda não foram definidas.

Texto: Morgana Monteiro
fotos: Jefferson Fernandes

KAOS APRESENTA PEÇA "PROCURA-SE MULHER PERFEITA.COM"


Comédia será encenada dia 26/6 às 20h no Teatro do Kaos.

Alguns ingredientes conseguem transformar uma história aparentemente comum em uma comédia teatral formidável. “Procura-se mulher perfeita.com” já acumula 9 anos de sucesso por conta do texto dinâmico, excelentes atores e uma direção primorosa. A peça será encenada dia 26/6 às 20h no Teatro do Kaos. Os ingressos custam R$ 20,0. Estudantes, pessoal da terceira idade pagam e quem levar 1kg de alimento não perecível paga meia entrada. Ingressos antecipados podem ser adquiridos no Bazar do Fundo Social de solidariedade, que fica na rua da Cidadania, 277.

A trama da peça se inicia quando um recém-separado quarentão é convencido por um amigo mais jovem e moderninho a procurar uma namorada em sites de relacionamentos. Desta maneira, a peça faz uma sátira aos namoros virtuais. A cada novo encontro, as pretendentes vão revelando traços curiosos de suas personalidades. A receita vem dando certo e o espetáculo vem lotando os espaços por onde passa: foi sucesso de bilheteria na capital e segue em turnê por teatros do interior e litoral de todo o Brasil.

No elenco está o ator Vitor Branco que atualmente tem papel na “Praça é nossa” (SBT) mas já trabalhou em novelas globais como “A próxima vítima”, “O clone”, “Da cor do pecado” e “Os Maias”. Traz também Wanderlei Grilo (Malhação) e, ainda, Ana Morisa e Winter D’alus. Há mais de 8 anos em cartaz, a peça mostra com humor e paródias os novos meios para se encontrar um amor nos dias atuais fazendo também um alerta para os perigos do mundo virtual. A classificação etária é de 10 anos.

Serviço
Peça “Procura-se mulher perfeita.com”
Dia 26/6 às 20h
Local: Teatro do Kaos
Pça. Coronel Joaquim Montenegro, 34 – Largo do Sapo
Ingressos: R$ 20,00. Estudantes, terceira idade e quem levar 1 kg de alimento não-perecível pagam meia entrada.
Antecipados: podem ser adquiridos no Bazar do Fundo Social de solidariedade, rua da Cidadania, 277
www.teatrodokaos.org.br

terça-feira, 15 de junho de 2010

ESCRITORA ALICE RUIZ ESTARÁ SEMANA QUE VEM EM CUBATÃO


É o Projeto Viagem Literária, que nos proporciona esse grande passeio intelectual. O bate-papo é dia 23/6 às 15h na Biblioteca Central.

“Em caso de dor, ponha gelo / Mude o corte do cabelo / Mude como modelo / Vá ao cinema, dê um sorriso / Ainda que amarelo / Esqueça seu cotovelo”. Talvez você já tenha ouvido esta letra cantada por Zélia Duncan. Mas a poesia que fala de amor e derrete qualquer coração duro é de Alice Ruiz. E esta importante escritora brasileira estará em Cubatão dia 23/6 às 15h, batendo um papo sobre sua vida e obra. É o projeto Viagem Literária que acontece na Biblioteca Central.
De junho até o fim do ano, várias bibliotecas públicas do estado receberão atrações mensais ligadas à literatura. Para essa primeira etapa chamada “Bate-papo com o escritor: Literatura para todos”, quem participa é Alice Ruiz. A idéia é mostrar os diferentes gêneros literários e os mais variados temas, em que cada escritor conversa com o público em um bate-papo descontraído e ainda, aproximar a comunidade das bibliotecas.

O encontro com Alice Ruiz promete surpreender quem espera alguém apenas de fala mansa: dona de um texto leve e discurso forte, às vezes ácido, a escritora geralmente convence a todos em suas palestras pelo Brasil de que no fundo de cada um existe um poeta louco pra despertar. Poeta e compositora, Alice nasceu em Curitiba (PR) em 1946. Casada com Paulo Leminski, foi quando pela primeira vez, mostrou a alguém o que escrevia. Alice publicou, até agora, 19 livros, entre poesia, traduções e uma história infantil. Destacam-se os títulos navalhanaliga (Prêmio Secretaria Estadual de Cultura 1981), Desorientais (1996), Vice-Versos (1989) e Dois em um (coletânea, 2008), ambos vencedores do Prêmio Jabuti.

Alice Ruiz ministra oficinas de haikai, por todo Brasil. Como compositora, tem parcerias com Arnaldo Antunes, Itamar Assumpção, Ná Ozzetti, Zeca Baleiro, entre outros, e gravações de Cássia Eller, Adriana Calcanhoto e Gal Costa, entre outros. Em 2005 lançou com Alzira Espíndola o CD Paralelas, trabalho que reúne música e poesia.

Cubatão sempre carimba o passaporte no Viagem Literária – desde a primeira edição do projeto em 2008, Cubatão participa dessa grande “Viagem”. Foi o primeiro município aqui da Baixada Santista a aderir ao Programa. Em 2010, somente Cubatão e Itanhaém recebem os escritores do Viagem Literária. No total, 75 municípios paulistas participam do Projeto. O objetivo é estimular o prazer da leitura e formar novos frequentadores de bibliotecas públicas.

A cada mês, podemos carimbar o passaporte literário com uma atração diferente. Em agosto vai ter Contação de Histórias; em setembro, Bate-papo com escritor de literatura Infantojuvenil. Em outubro vai ter “Bate-papo com escrito: Leituras escolhidas” e em novembro haverá Oficina de Criação Literária.

Serviço
Viagem Literária 2010 em Cubatão

Bate-papo com Alice Ruiz
Dia 23/6 às 15h
Local: Biblioteca Muncipal de Cubatão
Av. 9 de Abril, 1977 – tel. 3361-6844
www.bibliotecacubatao.blogspot.com

Texto: Morgana Monteiro

CEMITÉRIO ISRAELITA DE CUBATÃO SERÁ TOMBADO PATRIMÔNIO CULTURAL EM AGOSTO DESTE ANO

Conselheiros e Secretária de Cultura e Turismo se reuniram na capital com representantes da Associação Chevra Kadisha, que administra os cemitérios israelitas no estado. O Conselho obteve total apoio.

As inscrições nas lápides - “Saudades eternas” e “Paz” - sugerem tratar-se de um cemitério como qualquer outro. Mas por trás de cada inscrição e foto, o Cemitério Israelita de Cubatão absorve uma história centenária que remonta a um capítulo pouco lembrado do passado: a imigração judaica. E esse local cercado de mistérios e curiosidades deverá ser tombado como patrimônio ainda este ano pelo Condepac – Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural da cidade. Nesta segunda-feira (14/6), conselheiros do Condepac e a Secretária de Cultura e Turismo, Patrícia Campinas, se reuniram na capital com representantes da Associação Chevra Kadisha, que administra os cemitérios israelitas em São Paulo. O Condepac obteve total apoio da Associação no processo.

Instalado dentro do cemitério municipal, o Cemitério Israelita tem 800 metros quadrados e 75 sepulturas feitas em granito (55 de mulheres e 20 de homens). A lápide mais antiga data de 1924 e a mais recente é de 1966. A curiosidade habita no fato de lá estarem enterradas em sua maioria, as chamadas “polacas”, mulheres judias que no início do século XX deixaram o leste europeu atingido pelo anti-semitismo em direção à América com a promessa de casamentos, mas acabaram sendo exploradas na região. “É brilhante a idéia de conservar os ‘campos-santos’ como patrimônios culturais, pois reconta a história da imigração judaica, e reconhece o trabalho de preservação feito por nós”, afirmou o vice-presidente da Associação, Rubens Muszkat.


A Chevra Kadisha cuida dos cemitérios israelitas no estado desde 1923. Além de Cubatão, administra, também, os “campos-santos” de Embu, Santana e da Vila Mariana. A Chevra assumiu o de Cubatão em 1996 e na época, o local se encontrava em completo estado de abandono, com sepulturas deterioradas e solo quebradiço. As obras de restauração incluíram o conserto e recuperação dos matzeivot (túmulos), ajardinamento, pavimentação das ruas, instalação de lavatório, colocação de placa indicativa no portão e de local apropriado para o acendimento de velas. O cemitério foi, então, reinaugurado em 1997, preservando de forma mais íntegra a história da comunidade judaica na Baixada Santista.

Tombamento deve acontecer em breve - de acordo com o presidente do Condepac, Welington Borges, o tombamento do Cemitério Israelita de Cubatão deve acontecer em agosto, quando a Prefeita Márcia Rosa assinar o decreto. O processo por si só garante apenas o reconhecimento, mas a idéia é implantar um Projeto de Educação Patrimonial ali, com a recuperação e restauração das lápides, reabertura do espaço para visitação pública com monitores e inclusão do espaço em roteiros históricos. Cubatão é uma rota para o litoral e o Cemitério Israelita seria um ponto de parada na própria história da imigração de outros povos no Brasil.

A idéia foi completamente apoiada pela Secretária de Cultura e Turismo, Patrícia Campinas e, ainda, pelos conselheiros Augusto Muniz Campos (vice-presidente), Maria do Carmo Araújo Amaral (1º Secretária), Rubens Alves de Brito (coord. do órgão Técnico de Apoio) e José Fabiano Madeira. Depois dessa reunião, o Condepac vai dar continuidade ao processo tombamento, anexando informações e laudos técnicos que comprovam a importância histórica e cultural do espaço. Daí, então, o documento segue para o Executivo.

Uma das poucas cidades que valoriza a imigração judaica - o reconhecimento do Cemitério Israelita como patrimônio cultural torna Cubatão uma das poucas cidades brasileiras a possuir bens imóveis tombados com relação ao tema judaico, de acordo com Roney Cytrynowicz, participante da Chevra e doutor em História pela USP, que também esteve no encontro. “Temos o Cemitério de Inhaúmas no Rio de Janeiro, o Memorial Judaico em Vassouras (RJ) e o prédio da antiga Singagoga, no Recife (PE) como patrimônios tombados pela sua relevância histórica e cultural. O ‘campo-santo’ de Cubatão vai ser um deles”, garantiu Roney. Observando o Cemitério Israelita hoje, vemos que pouca gente conhece o que há por trás daqueles portões adornados com enormes estrelas de Davi... mas depois do tombamento, essa história será completamente diferente.

Texto: Morgana Monteiro

ARTESÃOS DE CUBATÃO PODEM PARTICIPAR DA MEGA ARTESANAL


Município disponibiliza espaço em seu estande para produtos a serem previamente avaliados

Expor, divulgar e comercializar. Essas são as metas de todo artesão que tem nessa atividade uma fonte de renda. Para contemplá-los com uma oportunidade imperdível, a Prefeitura de Cubatão abre seu estande na Mega Artesanal, a maior feira de artesanato da América Latina, para todos que queiram expor, com possibilidade de comercializar, seus produtos no local. As informações são das servidoras municipais Raquel Peralta e Mariana Salles.

A expectativa é de que a Mega Artesanal, com mais de 300 estandes, receba este ano cerca de 120 mil visitantes, inclusive estrangeiros. O evento, organizado pela WR São Paulo, estará aberto ao público de 30 de junho a 3 de julho, das 11 às 19 horas, e 4 de julho, das 11 às 17 horas. Dia 29 a visitação é exclusivamente destinada a lojistas. O local é o Centro de Exposição Imigrantes, na Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5, Água Funda, na Capital.

Os produtos dos artesãos locais, previamente avaliados, ficarão em consignação sob a responsabilidade do Município. Adiantaram que no estande de Cubatão poderão ser adquiridas mais de 3.000 peças. O espaço à disposição da Administração este ano é de 40 metros quadrados, maior que o de 2009, e de esquina, o que lhe amplia a visibilidade.

Além dos novos participantes, deverão ter seus trabalhos no estande de Cubatão todo o pessoal da oficina de costura do Fundo Social de Solidariedade (FSS) e alunos, ex-alunos e monitores da Fábrica da Comunidade, unidade de cursos gratuitos ligados a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). E ainda: artesãos cadastrados na Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), parceria entre Estado e municípios.

Conforme disseram, o estande servirá ainda para divulgar a imagem da Cidade. Lá deverão ser fornecidas informações sobre o Município, ficando ainda à disposição dos visitantes folhetos de divulgação de programas municipais e turísticos. Quanto ao favorecimento do artesão da Cidade, a exposição de trabalhos no estande deverá gerar renda para cerca de 200 pessoas, segundo estimaram.

Os artesãos interessados deverão entrar em contato com Kátia ou Poliana, de segunda a sexta-feira, das 9 às 11h30 e das 14 às 16h30, pelo telefone 3372-9468. A partir do contato, serão agendados dia e horário para entrevista.

Texto: Maria Cecília de Souza Rodrigues

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA CURSO DE FORMAÇÃO EM MÚSICA VOLTADO A PROFESSORES

Objetivo é oferecer aos professores noções de música para serem utilizadas em sala de aula.

Os professores da rede municipal de ensino, que atuam da Educação Infantil I ao Ensino Fundamental II, podem se inscrever a partir desta segunda-feira, dia 14, para a formação Música em Pauta. Promovida pela Secretaria Municipal de Educação (Seduc), a formação é organizada pela professora e maestrina Sonia Onuki e será ministrada pela técnica em Música, Daniela da Guarda.

O curso é destinado a professores que querem aprender noções de música para utilizar esse recurso em sala de aula. "Para participar não é necessário conhecer música, nem ler partituras. Só é preciso ter tempo disponível e interesse pela música como um instrumento de ensino", explica Sonia Onuki.

Com 30 vagas e carga horária de 30 horas, a formação será realizada de 6 de agosto a 26 de novembro, na Escola Técnica de Música e Dança (ETMD) Ivanildo Rebouças da Silva, sempre às sextas-feiras, nos períodos da tarde (15h30 às 17h30) ou da noite (18h30 às 20h30).

As inscrições devem ser feitas de 14 de junho a 30 de julho pelos telefones 3372-9236 ou 3375-1460 ou pessoalmente na ETMD. No ato da inscrição, o professor deve indicar o melhor horário para sua participação. Sonia Onuki explica que o curso é apenas para professores da rede municipal de ensino, não sendo aberto à comunidade.

Texto: Cecilia Beu

segunda-feira, 7 de junho de 2010

MAIS UM TALENTO DE CUBATÃO NO CIRCUITO MUSICAL BRASILEIRO


Eduardo Cordeiro, monitor de viola do BEC e do Cubatão Sinfonia, ingressa na Orquestra Sinfônica de São Paulo.

Se você pensa que música clássica é coisa de antigamente, do tempo que a sua avó apreciava, melhor rever seus conceitos. Em Cubatão, o cenário musical clássico também é jovem. Uma prova disso é o músico Eduardo Cordeiro, de 24 anos, que dá aulas de viola sinfônica a adolescentes da cidade. Ele é o mais novo contratado da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo, uma das mais importantes do país. O processo seletivo reúne músicos de todo o país e representa um salto no currículo de qualquer instrumentista. Eduardo também integra a Orquestra Jazz Sinfônica do Estado, sendo mais uma prova da vocação que Cubatão tem em produzir competentes artistas.

O que chama a atenção na trajetória de Eduardo é rapidez com que o jovem se profissionalizou. Conheceu a música aos 15 anos – para ele, tardiamente – quando começou a ter aulas de viola sinfônica dentro da igreja evangélica que frequentava, em Santo André. Foi neste mesmo espaço que encontrou o maestro Roberto Farias, músico experiente nascido em Cubatão, que percebeu o talento escondido no jovem. E foi do próprio maestro que Eduardo ganhou a sua primeira viola: “Eu estava em casa e ouvi um carro buzinando em minha porta. Quando fui ao portão, não acreditei quando vi o maestro Roberto com uma viola novinha nas mãos! Este foi o meu primeiro instrumento musical. Essa atitude mudou completamente a minha vida”, afirma, emocionado, o jovem músico.

Nesta mesma época, Eduardo ingressou na EMESP – Escola de Música do Estado de São Paulo – onde começou a estudar viola, passando depois pela Escola Municipal de Música de SP. Aos 17 anos, antes mesmo de se formar no Ensino Médio, Eduardo foi aprovado em dois concursos: da Orquestra Jovem do Estado e da Orquestra Sinfônica de Santo André, se tornando o mais jovem músico a ser contratado por orquestras profissionais. A graduação só aconteceu em 2006, quando se formou em bacharel em Viola Sinfônica pela Faculdade Mozarteum. Eduardo foi lapidando seu talento através de cursos e oficinas como o Festival Internacional de Música da Áustria, que participou como convidado, apenas 5 anos após ter iniciado os estudos.

Pelos caminhos da música, chegou a Cubatão – Eduardo conta que sempre ouvia falar sobre Cubatão e o grande celeiro de artistas que a cidade se tornou. No último ano de faculdade foi convidado pelo mesmo maestro Farias a participar de um processo seletivo para ser monitor de viola no Programa BEC. E desde 2006, o jovem dá aulas do instrumento tanto no BEC quanto no projeto Cubatão Sinfonia. Cheio de orgulho, Eduardo diz que Cubatão representa o lugar em que pode retribuir o bem que foi feito a ele, acreditando nestes jovens e dando a chance de ter uma vida melhor, ensinando-os que é possível lutar por isso e vencer. E é toda essa experiência e talento que os jovens cubatenses têm disponível nas aulas. “Aprendi que a música tem o poder de mudar vidas em todos os sentidos. Basta querer e acreditar”, arremata o jovem músico.

Texto: Morgana Monteiro

ABERTO CADASTRAMENTO PARA ARTESÃOS EM CUBATÃO


O cadastro é na Sutaco e permite que artesãos tenham registro profissional, emitam nota fiscal e participem de feiras e exposições.

Muitas pessoas em Cubatão sustentam a casa com os produtos de sua criatividade: estamos falando dos artesãos do município, que através dos seus trabalhos manuais mais diversos (tricô, crochê, bordados, customização, produtos confeccionados com a fibra de frutas, entre outros) geram renda para toda a família. E esses trabalhadores agora, tem um grande apoio profissional: o registro na SUTACO – Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades. Esse cadastro permite que o artesão emita nota fiscal, participe de cursos de qualificação e tenha acesso a microcrédito, como financiamento pelo Banco do Povo.

Até agora, quase 200 pessoas já obtiveram a carteirinha da SUTACO, como, por exemplo, as artesãs radicadas em frente ao Parque Anilinas, as participantes da Cooperativa Mãos de Fibra, alunas e ex-alunas da Fábrica da Comunidade. Para elas, o cadastro é a garantia de venda em grande quantidade, uma vez que as empresas que realizam o pedido exigem a emissão de nota fiscal. “Essas pessoas têm a oportunidade de serem empreendedoras, saindo do mercado informal e até mesmo montando o seu próprio negócio. É uma conquista para esses trabalhadores e também para o governo municipal”, afirma Raquel Peralta, representa da SUTACO em Cubatão.

O cadastramento é realizado em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo de Cubatão e deve ser feito na Fábrica da Comunidade (av. 9 de Abril, 1779). É preciso levar documento de identidade original, CPF, comprovante de residência e foto recente. No local, o candidato preenche uma ficha cadastral e o seu trabalho será analisado por uma comissão. Tendo o serviço aprovado, esse artífice passa a integrar o Cadastro Estadual de Artesãos e, posteriormente, recebe uma carteirinha de identificação. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3362-0851 e 3362-0852 com Raquel Peralta.

Feira de Artesanato de Cubatão e Mega Artesanal – somente os artesãos que tiverem o registro na SUTACO poderão participar da Feimarte – Feira Municipal de Artes e Artesanato de Cubatão e também da Mega Artesanal, que começa no fim deste mês. Para a Feimarte, faltam ser definidos local, dia e horário de funcionamento. O objetivo é realizar uma Feira permanente, onde esses trabalhadores terão a oportunidade de expor toda sua criatividade através da arte e culinária.
Outra grande oportunidade para esse pessoal será a Mega Artesanal, maior feira de arte e artesanato da América Latina que acontece de 30/6 a 4/7 no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Os pontos fortes da feira são os lançamentos, cursos, demonstrações de marcas e produtos, além do Prêmio Artesão do Ano. Os artesãos que tiverem cadastro na SUTACO e estiverem interessados em participar da Mega Artesanal poderão vender seus trabalhos no estande da Fábrica da Comunidade.

Serviço
Cadastramento na SUTACO
Local: Fábrica da Comunidade
Av. 9 de Abril, 1779, das 9h às 17h
Necessário levar: RG, CPF, comprovante de residência, foto 3X4
Informações: 3362-0851 e 3362-0852 com Raquel Peralta

www.sutaco.com.br

BANDA MARCIAL PARTICIPA DO CORETO PAULISTA EM GRANDE ESTILO


A apresentação aconteceu no Conservatório de Tatuí, interior de São Paulo. Embalada por temas de filmes de grande bilheteria, a platéia se encantou.

Uma noite memorável! A Banda Marcial de Cubatão encantou a platéia do Teatro Procópio Ferreira, no Conservatório Municipal de Tatuí, interior de São Paulo. A apresentação foi dia 1/6 dentro da programação do “Coreto Paulista”. O projeto tem por objetivo resgatar a história das bandas, incentivar a continuidade de tais grupos e oferecer à comunidade, apresentações gratuitas em praças, conchas acústicas e teatros.


A Banda Marcial apresentou um repertório que foi pura magia: temas de filmes mundialmente conhecidos. Foi uma verdadeira viagem pelo mundo do cinema, com a possibilidade de recordar imagens, refazer o clima e as emoções de cada filme, formando um quebra-cabeça em nossa história cinematográfica pessoal. Foram trilhas sonoras como dos filmes: “De volta pra o futuro”, “Harry Potter e a pedra filosofal”, “Jurassic Park”, “King Kong”, “Piratas do Caribe”, “Flinstones”, “Conquista do Paraíso”, “Bem Hur”, “Dança com Lobos”, “James Bond: a serviço secreto de Sua Majestade”. Com essas canções, a Banda Marcial trouxe ao público, através da interpretação dos músicos, uma viagem emocionante ao mundo mágico do cinema. Coisa que só a arte mesmo pode realizar.


Texto: Morgana Monteiro
Fotos: Dilson Mato Grosso

quarta-feira, 2 de junho de 2010

CONDEPAC APROVA TOMBAMENTO DO LARGO DO SAPO EM CUBATÃO


O processo será encaminhado à Prefeitura. O tombamento facilita a preservação do espaço onde teve início do povoamento da cidade.

O Condepac – Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Cubatão – aprovou nesta terça-feira (1°/6) em reunião ordinária, o tombamento do Largo do Sapo. A medida tem por objetivo a preservação do espaço, que é de grande importância histórica e cultural para o município por ser o lugar onde teve início o processo de povoamento de Cubatão. Com o tombamento, toda e qualquer alteração, reforma, restauração ou ampliação da área deverá ser autorizada previamente pelo Conselho. Agora, o processo será encaminhado ao Executivo para que a prefeita Marcia Rosa possa assinar o decreto.

A área tombada do Largo do Sapo reúne, além da Praça com o monumento, o casario antigo, do início do século XX, o prédio onde está instalado o grupo Teatro do Kaos e o edifício que abrigou a antiga Sociedade de Socorros Mútuos e que foi a primeira sede da Prefeitura Municipal, logo após a emancipação da cidade em 1949. "A preservação desse patrimônio histórico, que é o Largo do Sapo, e todo seu entorno é a garantia de perpetuação da nossa história", afirmou Welington Ribeiro Borges, presidente do Condepac.

O prédio da primeira Prefeitura de Cubatão também foi tombado...


... assim como o casario antigo que abrigava a elite de Cubatão no passado.

Para aprovação do tombamento foi elaborado um laudo com diversos estudos da área. O dossiê contém o histórico do lugar, fotografias e um levantamento com as informações técnicas, históricas e culturais do espaço. O processo de tombamento do Largo existe desde 2005, mas só foi retomado agora, graças à nova lei municipal do patrimônio, publicada em dezembro de 2009, que garantiu aos conselheiros mais ferramentas de trabalho, como a aplicação de multas quando há descaracterização do imóvel, a opção por níveis de tombamento e uma melhor definição das responsabilidades do conselho e do órgão técnico de apoio. Paralelamente a esse processo, o Condephaat, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, também está analisando o valor histórico e cultural do Largo.

Largo do Sapo – O local, atual Praça Coronel Joaquim Montenegro, recebeu este nome no início do século XX por causa da enorme quantidade de sapos que havia no local. Naquela época, ali morava a elite cubatense. Um exemplo disso foi a presença do presidente Washington Luís, que sempre que vinha a Santos parava na residência do casal Bernardo Pinto e Izolina Couto, para descansar. No Largo do Sapo também já foi instalado o Porto Geral, nos idos do século XVII, local de grande importância devido ao fluxo de pessoas e mercadorias entre Santos e São Paulo.

Texto: Morgana Monteiro
Foto: Rodrigo Fernandes

CORAL ZANZALÁ DE CUBATÃO REPRESENTA A REGIÃO NO MAPA CULTURAL PAULISTA

A apresentação será dia 5/6 no Memorial da América Latina, em São Paulo. Estarão lá os 13 melhores corais do estado de São Paulo.

O Coral Zanzalá de Cubatão está entre os 13 melhores corais do estado de São Paulo! A comprovação disso acontece neste fim de semana, quando o grupo se apresenta juntamente com os outros corais escolhidos na seletiva do Mapa Cultural Paulista. As equipes representantes de cada região do estado se apresenta na Mostra Estadual que acontecerá no auditório Símon Bolivar, no Memorial da América Latina, na capital.
O Zanzalá sobe ao palco no dia 5/6 a partir das 18h. O repertório traz um pouco de tudo que o Coral realiza com tanta competência: Música Brasileira e Mundial e Negro Spirituals. Os Grupos selecionados também receberão dez exemplares de cd cuja gravação ao vivo ocorrerá durante a Mostra Estadual.

O objetivo do Festival é mapear os artistas de cada região e divulgar seus trabalhos. Diferentemente das outras edições, este ano, o Mapa não escolhe simplesmente o melhor deste ou daquele segmento. No Canto Coral, por exemplo, os representantes de cada região do estado vão percorrer cidades do interior, levando sua arte em apresentações gratuitas, é a chamada Mostra de Circulação que deverá acontecer no segundo semestre de 2010,. A programação ainda será definida.

Coral Zanzalá: O significado da palavra “Zanzalá” é “flor de Deus”. É o nome da flor “aleluia” que aqui, floresce no coração da Serra do Mar. Zanzalá também foi inspiração para o escritor cubatense Afonso Schmidt. Em 1978, o maestro Rodrigo Augusto Tavares percebeu a necessidade de se criar um grupo coral dentro do Conservatório Musical de Cubatão. Em 1993 o Grupo foi oficializado com a incorporação de cantores selecionados por meio de concurso seletivo. Hoje conta com cerca de 60 integrantes, homens e mulheres, com idades entre 20 e 50 anos.
O repertório do Coral é eclético: vai desde MPB, música mundial, sacra até canções eruditas. O foco não se perdeu: ainda é fazer música coral de qualidade, aliando, além do canto, a atuação cênica dos artistas, o que garante um resultado surpreendente e altamente ousado. O Grupo é regido pela maestrina Maria Fernanda dos Santos Tavares e tem a direção de Nailse Machado Cruz.

Texto: Morgana Monteiro