
O processo será encaminhado à Prefeitura. O tombamento facilita a preservação do espaço onde teve início do povoamento da cidade.
O Condepac – Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Cubatão – aprovou nesta terça-feira (1°/6) em reunião ordinária, o tombamento do Largo do Sapo. A medida tem por objetivo a preservação do espaço, que é de grande importância histórica e cultural para o município por ser o lugar onde teve início o processo de povoamento de Cubatão. Com o tombamento, toda e qualquer alteração, reforma, restauração ou ampliação da área deverá ser autorizada previamente pelo Conselho. Agora, o processo será encaminhado ao Executivo para que a prefeita Marcia Rosa possa assinar o decreto.
A área tombada do Largo do Sapo reúne, além da Praça com o monumento, o casario antigo, do início do século XX, o prédio onde está instalado o grupo Teatro do Kaos e o edifício que abrigou a antiga Sociedade de Socorros Mútuos e que foi a primeira sede da Prefeitura Municipal, logo após a emancipação da cidade em 1949. "A preservação desse patrimônio histórico, que é o Largo do Sapo, e todo seu entorno é a garantia de perpetuação da nossa história", afirmou Welington Ribeiro Borges, presidente do Condepac.


Para aprovação do tombamento foi elaborado um laudo com diversos estudos da área. O dossiê contém o histórico do lugar, fotografias e um levantamento com as informações técnicas, históricas e culturais do espaço. O processo de tombamento do Largo existe desde 2005, mas só foi retomado agora, graças à nova lei municipal do patrimônio, publicada em dezembro de 2009, que garantiu aos conselheiros mais ferramentas de trabalho, como a aplicação de multas quando há descaracterização do imóvel, a opção por níveis de tombamento e uma melhor definição das responsabilidades do conselho e do órgão técnico de apoio. Paralelamente a esse processo, o Condephaat, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, também está analisando o valor histórico e cultural do Largo.
Largo do Sapo – O local, atual Praça Coronel Joaquim Montenegro, recebeu este nome no início do século XX por causa da enorme quantidade de sapos que havia no local. Naquela época, ali morava a elite cubatense. Um exemplo disso foi a presença do presidente Washington Luís, que sempre que vinha a Santos parava na residência do casal Bernardo Pinto e Izolina Couto, para descansar. No Largo do Sapo também já foi instalado o Porto Geral, nos idos do século XVII, local de grande importância devido ao fluxo de pessoas e mercadorias entre Santos e São Paulo.
Texto: Morgana Monteiro
Foto: Rodrigo Fernandes
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