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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

VINTE ANOS DE BOA MÚSICA

Banda Marcial de Cubatão completa duas décadas de competência e orgulho para a cidade

Ela emociona platéias e é sucesso por onde passa. A Banda Marcial de Cubatão comemora 20 anos, cheia de boas notícias e em busca do aperfeiçoamento de seus integrantes e de seu repertório. Uma das marcas do grupo tem sido a presença junto à comunidade. Mantendo o perfil das bandas de desfile, a Marcial põe os pés no chão e segue adiante com seu som inconfundível.

A Marcial recebeu aplausos calorosos durante apresentação
no Conservatório de Tatuí (interior SP)
Se, para alguns, a apresentação da Banda Marcial é o ponto alto durante os desfiles cívicos, para outros, a sua formação de concerto encanta e surpreende. "Hoje buscamos uma sonoridade única através de uma combinação instrumental inusitada", afirma o maestro Alexandre Felipe Gomes, um de seus fundadores e atual regente. Recentemente, a equipe recebeu aplausos calorosos de uma seleta platéia no Conservatório de Tatuí (interior de São Paulo), durante apresentação de um concerto com temas de filmes. O reconhecimento pelo trabalho, feito com afinco, já virou rotina. Inclusive, a comemoração das duas décadas de boa música já tem data definida: será dias 16 e 17/10, quando a Marcial se apresentará no Bloco Cultural, dividindo o palco com 14 artistas da cidade.

Mas todo esse sucesso começou em um imóvel de cor laranja, no nº 433 da Rua Fernando Costa, na Vila Paulista. Carinhosamente chamada de “Casa da Banda Marcial”, é neste espaço que o Grupo ensaia todas as manhãs de domingo. Formada por 119 integrantes (músicos e bailarinas do Corpo Coreográfico) com idade entre 14 e 30 anos, a Marcial de Cubatão vem expandindo a linha de atuação com os instrumentos de metal e percussão, seguindo o modelo europeu contemporâneo. Hoje, atuando também na versão de Orquestra de Metais e Percussão, abarca todos os gêneros, percorrendo uma linha que vai da música erudita a clássicos da MPB e música internacional; isso, além de estimular o surgimento de várias formações de câmara, a exemplo do já conceituado “Per Sonare” – Sexteto de Metais e Percussão. Potencial de sobra e versatilidade já garantiram repetidas atuações da banda em encontros como o Festival Internacional de Bandas no Chile, um dos mais importantes da América Latina – fato que, inclusive, irmanou as cidades de Mellipila e Cubatão.

O Maestro Alexandre Felipe Gomes,
fundador e um dos maiores apoiadores
da Banda Marcial
Uma história inesquecível – O maestro Alexandre ainda lembra da primeira apresentação pública da Marcial: "Foi no desfile cívico de 9 de Abril de 1990, como Fanfarra Municipal de Cubatão. Tínhamos como sede a Escola Estadual Castelo Branco, no Jardim Casqueiro. Na época, a professora Edna Maria Lemos Moura passou a descentralizar as atividades culturais, dando assim possibilidade de acesso a uma fatia maior da nossa população aos projetos artísticos", relata, emocionado.

Nos primeiros anos, a então Fanfarra atendia a diversos convites, sempre representando Cubatão. Neste período, percorreu mais de 50 cidades paulistas. Em 2003 aconteceu, naturalmente, a oficialização como Banda Marcial, grupo artístico integrante da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade.

O grupo artístico tem um corpo técnico completo, mantido financeiramente pela Prefeitura Municipal. Além do maestro titular, conta com o regente assistente, Paulo Henrique de Paiva Souza, e, ainda, a coordenadora do Corpo Coreográfico, Gislaine Teixeira, uma coordenadora administrativa, uma arquivista e montadores. Outra peça fundamental na "engrenagem" da Banda Marcial é o coordenador de eventos, Miltom Custódio, que acompanha o Grupo desde a sua fundação.

Exportando talentos – Em todos esses anos, muita gente boa passou pela Banda Marcial. De acordo com o maestro Alexandre, 1.500 jovens cubatenses já participaram do grupo durante essas duas décadas. Um exemplo disso é Reginaldo Nascimento, hoje diretor da Escola Técnica de Música e Dança de Cubatão "Ivanildo Rebouças da Silva". Reginaldo iniciou os estudos musicais quando a Banda ainda era Fanfarra. Hananias Messias, atual maestro da Banda Musical de Cambuquira (MG), também é outro importante nome da regência que começou sua história na Marcial. "Sempre que encontro os integrantes antigos, surgem lembranças maravilhosas de um passado inesquecível", arremata Alexandre.

Banda Marcial de Cubatão encanta por onde passa
O grupo ainda mantém a função de uma escola profissionalizante. Vários músicos que começaram na Marcial ingressaram nas Orquestras Sinfônicas de Santos, Santo André, Heliópolis, Experimental de Repertório, Banda Sinfônica Jovem do Estado de SP, Banda dos Fuzileiros Navais (RJ), Banda do 2º BIL (São Vicente). E o processo não pára. Há três anos foi criada a Banda Marcial Infantil. Atualmente são 60 meninos e meninas que percorrem o mundo encantado da música, desde as primeiras notas, passando pela teoria e solfejo, que os torna capazes de lerem uma partitura musical, até a prática. A garotada, com idade entre sete e 16 anos, é a prova viva de que a magia das bandas – de desfile ou de concerto, não importa – continua viva no coração das pessoas.

Texto: Morgana Monteiro
Fotos: Dilson Mato Grosso (arquivo)

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