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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CEMITÉRIO ISRAELITA SERÁ TOMBADO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE CUBATÃO


A assinatura do decreto está marcada para dia 25/8. Representantes da Associação Israelita participarão da solenidade

O Cemitério Israelita de Cubatão já tem data para ser considerado, oficialmente, patrimônio histórico da cidade: o próximo 25 de agosto. Neste dia, às 14h, a Prefeita Márcia Rosa assinará, em seu Gabinete, o decreto que reconhece o espaço pela sua importância. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10/8) durante reunião do Condepac, Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do município.

O local absorve uma história centenária que nos remete a um capítulo pouco lembrado do passado: a imigração judaica. "O tombamento por si só garante apenas o reconhecimento, mas a idéia é implantar um Projeto de Educação Patrimonial no Cemitério Israelita, com a reabertura do espaço para visitação pública com monitores e inclusão em roteiros históricos", afirmou Welington Borges, presidente do Condepac. Segundo ele, a idéia foi completamente apoiada pela direção da Associação Israelita Shevra Kadisha, que administra os cemitérios israelitas no estado. Representantes da Associação estarão inclusive, presentes no dia da assinatura do decreto.

Um espaço cercado de mistérios e curiosidades – construído dentro do Cemitério Municipal de Cubatão, o Cemitério Israelita tem 800 metros quadrados e 75 sepulturas feitas em granito (55 de mulheres e 20 de homens). A lápide mais antiga data de 1924 e a mais recente é de 1966. A curiosidade habita no fato de lá estarem enterradas em sua maioria, as chamadas “polacas”, mulheres judias que no início do século XX deixaram o leste europeu atingido pelo anti-semitismo em direção à América com a promessa de casamentos, mas acabaram sendo exploradas na região. “É brilhante a idéia de conservar os ‘campos-santos’ como patrimônios históricos, pois reconta a história da imigração judaica, e reconhece o trabalho de preservação feito por nós”, afirmou o vice-presidente da Associação Shevra Kadisha, Rubens Muszkat. A Associação assumiu o campo-santo de Cubatão em 1996, quando realizou obras de restauração do local, incluindo o conserto e recuperação dos matzeivot (túmulos), ajardinamento, pavimentação das ruas, instalação de lavatório, colocação de placa indicativa no portão e de local apropriado para o acendimento de velas.

A conclusão desse processo torna Cubatão uma das poucas cidades brasileiras a possuir bens imóveis tombados com relação ao tema judaico, de acordo com Roney Cytrynowicz, doutor em História pela USP. "Temos apenas três bens imóveis tombados no Brasil relacionados ao tema judaico, dois no Rio de Janeiro e um em Pernambuco. O ‘campo-santo’ de Cubatão também entra nessa lista”, garantiu Roney.

Texto: Morgana Monteiro

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