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segunda-feira, 17 de maio de 2010

MARCELO ARIEL LANÇA LIVRO


Escritor de Cubatão tem recebido destaque na poesia nacional

O escritor cubatense Marcelo Ariel lança nesta terça-feira (18), em São Paulo, "Conversas com Emily Dickinson e outros poemas", seu quarto livro de poesia, pela coleação Orpheu, da editora Multifoco. O lançamento ocorre no Bar Exquisito, na Rua Bela Cintra, 532. Um dos nomes que vêm recebendo destaque na poesia contemporânea nacional, Ariel costuma contar que boa parte de sua formação como leitor e autor foi feita pelos corredores e estantes da Biblioteca Municipal de Cubatão, onde escolhia livros para ler para o irmão.

Desse universo, nasceu uma literatura marcada pela erudição e pela constante citação de outros poetas e artistas, como no próprio título de sua nova obra. Ao mesmo tempo sua poética não se afasta das questões ambientais e sociais do município, mas, ao invés de recorrer a uma já desgastada "literatura de denúncia social", o autor prefere utilizar esses elementos em uma linguagem simbólica, muitas vezes localizando seus poemas e personagens em sonhos.


O autor - Nascido em Santos (SP) em 1968 e criado em Cubatão, Marcelo Ariel estreou na poesia com o livro "Me enterrem com a minha Ar-15" (Dulcinéia Catadora, edição artesanal, 2007); depois lançou os livros "Tratado dos Anjos Afogados" (Letraselvagem, 2008) e "O céu no fundo do mar" (Dulcinéia Catadora, edição artesanal, 2009). Poeta e dramartugo, Marcelo Ariel tem recebido críticas em jornais como a Folha de S. Paulo e publicado poemas em revistas literária como a Cult. Abaixo um dos poemas do livro Conversas com Emily Dickinson:

CARTA PARA A MORTE
Imagino Camões, a vala onde morto estava;
O quarto onde encontraram o cadáver de João Antônio;
O sapato que Antonin Artaud segurava;
No paletó de Garcia Lorca a flor intacta;
A cama molhada de suor do último sono de Caio F.;
O prato vazio que caiu das mãos de Óssip Mandelstam;
Os círculos na água provocados pelo corpo de Paul
Celan…

Devo parabenizá-la por estes momentos de uma estilística
sempre surpreendente,
somente às vezes ofuscada pelos lampejos precários desta
luz fraca que caminha nas capas…

Texto: Alessandro Atanes

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