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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

MÚSICO DA BANDA SINFÔNICA DE CUBATÃO GANHA BOLSA DE ESTUDOS NOS EUA


Marcelo da Silva fez aulas com um dos mais importantes instrumentistas de trompa do mundo, Myron Bloom. Ganhou bolsa para fazer curso a nível de doutorado na Universidade de Indiana.

Marcelo da Silva, trompista da Banda Sinfônica de Cubatão, reafirma a vocação artística da cidade que não pára de exportar talentos. O músico ganhou uma bolsa de estudos na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos em 2009. Esteve lá em junho do ano passado e retornou neste início de 2010. “Serão quatro anos de curso a nível de doutorado, o que nos EUA é uma das mais altas graduações de um músico profissional”, explica Marcelo. Ele vai participar do Curso de Estudante Visitante e todo verão norte-americano (que no Brasil equivale aos meses de junho, julho e agosto) Marcelo segue para a Universidade onde participará de Oficinas e, quem sabe, poderá até integrar periodicamente a Banda Sinfônica e Orquestra da Universidade de Indiana.

Mas tudo começou com um Curso de Aprimoramento em 2008. A oportunidade de passar um mês estudando no exterior surgiu quando o diretor da Faculdade norte-americana visitou um Instituto em São Paulo onde Marcelo era monitor e o viu tocando. Se impressionou com a qualidade técnica do músico e mais ainda, ao descobrir que Marcelo não possuía formação acadêmica. Sete meses depois, o instrumentista recebia a carta oficial da Universidade para fazer aulas ao lado de Myron Bloom, um dos maiores trompistas dos últimos tempos.

Um talento extraordinário – Para o músico cubatense fazer uma especialização ao lado de Myron Bloom era praticamente um sonho. No primeiro dia de aula, o trompista norte-americano pediu para que Marcelo fizesse uma demonstração. Após ouvir o som, a melodia, Bloom disse apenas: “Você é fantástico!”. O professor decidiu emprestar o próprio instrumento durante as aulas: uma trompa feita na Alemanha, de liga de ouro e prata, com mecanismos regulados por computador, diferenciais que proporcionam um som completamente diferente, lembrando até as Trompas usadas em grandes Orquestras como a de Vienna.

Marcelo conheceu diferentes técnicas e truques sutis que facilitam a vida do músico. Aprendeu a usar a Trompa em “fá” (hoje usa-se muito em “si-bemol”) o que dá um pouco de trabalho, porém, traz uma sonoridade mais sofisticada. Aos 85 anos de idade, Myron Bloom é considerado no mundo erudito um dos maiores instrumentistas de Trompa dos últimos tempos. Integrou grandes Orquestras como a de Cleveland. “Eu estive ao lado de um mito, sempre fui fã de Bloom! Conheci outro país, outra cultura, aprendi mais sobre a Trompa, um instrumento que eu tanto amo... Pra mim, percorrer o mundo por causa da música é demais”, diz Marcelo. O músico cubatense deixou a Universidade com o instrumento de Myron Bloom nas mãos, que ganhou de presente, e ainda recebeu o “Título de Máxima Distinção” da Universidade de Indiana, certificado dado a pessoas com talento extraordinário.

Ele sempre quis ser músico – Nascido em Cubatão, Marcelo da Silva teve o primeiro contato com a música aos 7 anos, quando morava em uma casa simples no Parque das Bandeiras, em São Vicente. Começou em Fanfarras de colégio, tocando Corneta e Trompete. Na adolescência passou a ter aulas de Teoria Musical e Trompete em Cubatão, com os maestros Roberto Farias, Sidney Gomes e Olavo Bellintani. Ainda jovem participou da Banda Musical de Cubatão e posteriormente, Banda Sinfônica. Não frequentou Faculdade, no entanto fez muitos cursos na Escola Municipal de Música de São Paulo, Universidade Livre de Música “Tom Jobim”. Ganhou por dois anos o “Concurso Nacional de Música da Fundação Vitae”.

Desde 1997 faz aulas de Trompa com o professor Daniel Havens. Já integrou as Orquestras Sinfônicas de Santos, de Ribeirão Preto, do Estado de Goiás, a Municipal de Goiânia, a Banda Sinfônica do Estado. Também foi músico convidado do Teatro Municipal de São Paulo para uma temporada de ópera, convidado da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Foi regido pelo grande maestro brasileiro Eleazar de Carvalho em 1987. Trabalha em projetos sociais, atuando como monitor do BEC e do Instituto Bacareli. Casado, tem 2 filhas e ano passado voltou a morar no Parque das Bandeiras, em São Vicente, em uma casa ao lado daquela quem que vivia com os pais, onde tudo começou.

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