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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

INTEGRAÇÃO ENTRE LEITURA E BRINCADEIRA AUXILIA NA FORMAÇÃO DE LEITORES DA PRIMEIRA INFÂNCIA


Se depender do empenho das Professoras de Desenvolvimento Inicial, que atuam nas creches municipais, Cubatão terá no futuro um número considerável de leitores.

A fim de conhecerem formas de aproximar as crianças da prática de leitura, durante dois dias, cerca de 120 professoras estão participando do II Encontro de Formação para o Atendimento à Primeira Infância, realizado nas dependências do Sesi, no Parque São Luiz, nesta quarta e quinta-feira, dias 4 e 5 de agosto.

Realizado por capacitadoras do Instituto Brasil Leitor, o encontro, além de mostrar que a leitura é fundamental para o desenvolvimento da criança, quer mudar a visão errada da sociedade de que ela só se inicia quando se consegue decodificar a palavra escrita. “Ao contrário, a leitura precede a escola e a educação formal, explica Ivani Capelossa Nacked, diretora do Instituto.

Segundo ela, quando a criança bem pequena manuseia e vivencia situações de leitura, brinca com livros e fantoches, ela está criando o gosto pela leitura e criando um comportamento leitor. Para Ivani, é preciso que os educadores conheçam estratégias de leitura para proporcionar à criança uma experiência lúdica que mostre o prazer do contato com os livros. “O desenvolvimento das crianças é outro quando se une leitura e brincadeiras”, garante.


Responsável pelo projeto da Primeira Infância do Instituto Brasil Leitor, Ivani explica que a organização que representa já tem 12 bibliotecas instaladas em Cubatão. Destas, oito estão em creches municipais, uma está no Hospital Modelo, duas foram para escolas conveniadas com a Prefeitura e uma está na escola do Sesi.

Essas bibliotecas são compostas não só por livros, mas também com suportes para incrementar o ato de leitura como fantoches, bichos em pelúcia e brinquedos educativos. “A formação dos professores se faz necessária para potencializar essa ferramenta poderosa que está nas mãos das professoras para que elas aproveitem todas as formas de leitura que a biblioteca oferece”, destaca Ivani.


Dar uma parada nas atividades de sala de aula para vivenciar as possibilidades de leitura agradou as professoras de desenvolvimento inicial que participam do curso. “É um momento excelente porque vem reforçar situações que já imaginávamos mas que não tínhamos certeza de que poderiam ser aplicadas no dia-a-dia com nossos alunos”, analisa Patrícia Silva, da UME Celita Tertuliano Sampaio Reis, que dá aulas para o Berçário II.

A opinião de Patrícia é compartilhada pela colega Simone de Mattos Nixdorf, professora da mesma creche, atuando no Maternal II. “É muito bom nos apropriar de novas ideias e trocar experiências, principalmente porque essa formação foi garantida a todas as professoras de creche”, destacou. Para ela, que já trabalha com recursos da biblioteca do Brasil Leitor, instalada em sua unidade de ensino, o trabalho com leitura melhorou muito após a chegada dos equipamentos. “A gente cria personagens, conta histórias com fantoches, tira uma coroa da caixa mágica e as crianças vão aprendendo através da brincadeira”, garante.

Fonte: www.amigosdacultura.com.br

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