EMOÇÃO E HOMENAGENS MARCAM A 14º EDIÇÃO DO FESTAC EM CUBATÃO

A cerimônia  de encerramento foi no Teatro do Kaos

Alegria, emoção e saudade tomaram conta do Teatro do Kaos na noite deste domingo (11/12). Cerca de 300 pessoas participaram do encerramento do 14º Festival de Teatro de Cubatão (Festac), que esse ano foi realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e uma comissão formada por artistas locais. Com o tema “O espetáculo não pode parar”, os 11 dias do Festival foram de homenagens ao ativista cultural Lúcio Ialongo, inúmeras vezes lembrado nos discursos de agradecimento.


Durante a cerimônia, o secretário de Cultura, Welington Borges, falou sobre a importância do Festac para Cubatão, agradeceu a parceria com os artistas que participaram da comissão organizadora e ressaltou que o Município está investindo cada vez mais em ações culturais.


Em seu discurso, muito emocionada, a prefeita Marcia Rosa enfatizou que é muito bom saber que, cada vez mais, a imagem negativa de Cubatão está se apagando. “Hoje, podemos nos orgulhar dos eventos produzidos no município. E o Festac é um espelho desse investimento em Cultura”, disse.


A prefeita também fez questão de lembrar do tempo de escola, período em que conheceu o artista Lúcio Ialongo. “Tenho certeza que lá de cima ele está muito feliz com essa homenagem”. E como disse o Luiz (coordenador do Festac), se ele fosse homenageado com nome de rua ele não iria gostar”, afirmou. Marcia Rosa citou o poeta Afonso Schimdt, que descreveu Cubatão como uma cidade da Arte, do encantamento, e não somente da indústria. Parabenizou todos que trabalharam pelo sucesso do Festac com resistência e muito amor. Falou, ainda, das parcerias com as empresas do pólo que querem patrocinar os artistas e grupos culturais do município, reconhecendo o talento desses verdadeiros “operários da Cultura”.


Fazendo referência à peça apresentada na última noite do Festival, espetáculo que homenageou o poeta Vinicius de Moraes, a prefeita Marcia citou a seguinte frase: “Quem já passou por essa vida e não viveu; Pode ser mais, mas sabe menos do que eu; Porque a vida só se dá pra quem se deu; Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu, e isso, Lúcio Ialongo fez com maestria”, emocionou-se.


O Festac contou com a participação de 15 grupos teatrais radicados em diversas cidades e até de outros estados. No palco do Teatro do Kaos revezaram-se artistas de Cubatão, Guarujá, Registro, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Santos, Piracicaba e Rio de Janeiro, de onde o grupo Gene Insano veio diretamentedo para participar do festival. 


Esse ano, o público teve acesso a espetáculos infantis e adultos encenados diariamente em sessões gratuitas. Cerca de 150 artistas tiveram a oportunidade de apresentar suas realizações teatrais. O Festac consolidou a importância deste tipo de evento para a cidade, para os artistas e, principalmente, para o público.


Texto: Ana Borges e Ivan da Conceição
Foto: Carlos Felipe/PMC