Óscar Limache falou sobre Mario Vargas Llosa e a literatura feita no Peru em conferência na cidade
Após conferência sobre a literatura de seu país realizada na Biblioteca Municipal de Cubatão na semana passada, o poeta Óscar Limache, de Lima (Peru), deixou para os leitores de Cubatão algumas obras e revistas literárias publicadas em seus país e ainda inéditas no Brasil.
De seus livros de poesia ficaram em Cubatão um exemplar de "Viaje a la lengua del puercoespín" e "Voo de identidade", lançado em edição bilíngüe e artesanal durante sua visita, com tradução do jornalista Alessandro Atanes, da assessoria de imprensa de Cubatão. "Voo de identidade", autografado pelo autor especialmente para a Biblioteca, está dedicado para um "leitor desconhecido", isto é, para cada um que busca-lo nas prateleiras do local.
Limache ainda presenteou a biblioteca com os livros "Balada de la piedra que canta", de Juan Pablo Mejía, e uma edição feita no Peru de "Las palabras del Rímac", do mexicano Felipe Mendoza, livro que faz uma homenagem ao Rio Rímac, que corta a cidade de Lima.
Entre as revistas, a Biblioteca recebeu a quarta edição de "El jinete de la tortuga" (O cavaleiro da tartaruga), formada por um exemplar de narrativas e outro de poesia. No de poesia, há poemas do brasileiro Mário Quintana traduzidos para o espanhol por Óscar Limache.
Estas obras se unem na Biblioteca a outros nomes das letras peruanas, como Ciro Alegría e Ricardo Palma, que têm textos na "Antologia do conto hispano-americano". Já o leitor de poesia pode encontrar autores peruanos na revista Poesia Sempre, editada pela Biblioteca Nacional, em um número dedicado a poetas peruanos do século XX. Já Mario Vargas Llosa comparece com o romance "O batismo de fogo".
A conferência – Falando em espanhol, o poeta e professor disse que a conquista do Nobel de Literatura por seu conterrâneo Mario Vargas Llosa será uma oportunidade para que o mundo conheça mais da cultura peruana: "Se os suecos não dessem o Nobel a Mario Vargas Llosa, a literatura peruana não estaria em foco. Fora ele, não se conhece nada do Peru. Não encontro literatura peruana, raramente música, nada de gastronomia de meu país".
Entre os nomes apresentados pelo poeta estão Ricardo Palma, que transformou em narrativas as crônicas do século XIX feitas em Lima, Ciro Alegría, César Vallejo e Carlos Oquendo de Amat, autor de "5 metros de poemas", livro acordeão que se desdobra até atingir a medida indicada no título.
Apaixonado por poesia brasileira, Limache encerrou o encontro lendo versos que ele traduziu para o espanhol do escritor cubatense Marcelo Ariel. O secretário de Cultura, Welington Borges, comemorou a realização de um evento literário internacional na cidade: "É a primeira vez que trazemos um escritor internacional à Biblioteca. Pelo que conversei com o público, foi muito gratificante para todos poderem entender e se comunicar mesmo falando línguas diferentes".
texto: Alessandro Atanes
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