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terça-feira, 27 de abril de 2010

CUBATÃO RECEBE PROJETO "QUITUTES E BATUQUES"


Uma das novidades é a oficina de panna, esporte que chegou este ano ao Brasil. Cubatão deverá receber também aulas de Biomúsica, dança e culinária, e ainda, shows com artistas africanos.

Uma mescla de atividades culturais envolvendo música, dança, vídeo, esportes e gastronomia. O projeto “Quitutes e Batuques” entra no segundo ano de edição com um currículo invejável: já passou por cidades de vários estados brasileiros, unindo milhares de pessoas em um intercâmbio de culturas e idéias. Em 2010, Cubatão foi um dos municípios escolhidos para abrigar a programação que vai de 26 de maio a 3 de junho, e será o único da Baixada Santista a ser contemplado.

Um primeiro encontro na sede da Secult, Secretaria de Cultura e Turismo de Cubatão, marcou o pontapé inicial. A idealizadora do projeto, Coraly Pedroso, falou sobre a iniciativa e o principal objetivo que é trabalhar a cultura em todas as frentes. O “Quitutes e Batuques” é organizado ela ONG Plataforma Brasil, Instituto África Viva e tem o patrocínio do Instituto Cultural Usiminas. Participaram da reunião representantes da Secult e a Secretária de Esportes, Renné de Castro.

Nesta reunião foi firmada uma parceria com o município, que vai oferecer espaços e alguma estrutura como, por exemplo, palco, som e iluminação para o grande evento final, que deverá acontecer no Kartódromo Municipal. Neste primeiro momento foi lançada a possibilidade da Banda Sinfônica e Cia de Dança, Coral Zanzalá e Banda Marcial receberem as oficinas de música e de dança, assim como o Cubatão Sinfonia, desenvolvido na Cota 200. Outro grupo da cidade, a Afrobanda-Ponto de Cultura, também será contemplado. Já o Teatro do Kaos ficaria reservado para a exibição de vídeos e rodas de discussão.

Panna – um dos dribles mais desconcertantes do futebol deu início a uma nova modalidade esportiva. Passar a bola entre as pernas do adversário – a popular “caneta” – é um dos principais objetivos do panna, expressão em surinamês que designa a jogada. Do Suriname, o termo chegou à Holanda, virou esporte e se popularizou entre os imigrantes. As partidas duram três minutos e são jogadas em quadras infláveis de 4 metros por 6 metros – dois ou quatro jogadores participam. Este ano, o Brasil recebeu pela primeira vez um torneio de panna e nova modalidade será destaque dentro do projeto Quitutes e Batuques. Deverá contar, até, com a presença do campeão brasileiro da modalidade. Ainda não foi definido o local para realização das oficinas, mas devem contar com pelo menos 200 participantes.

Biomúsica – um tipo de linguagem musical sem fronteiras é um dos motes desse projeto. A Biomúsica estará presente no projeto desenvolvido em Cubatão. Elaborado através da utilização de sons, movimentos, musicoterapia, percussão brasileira e africana, o trabalho tem objetivo social, educacional e de lazer. As oficinas de Biomúsica prevêem realização de aulas de percussão, confecção de instrumentos musicais com materiais reciclados e a fusão das linguagens e culturas Brasil-África. Seria realizado junto à Banda Sinfônica, Coral Zanzalá, Banda Marcial e meninos do Cubatão Sinfonia.

Gastronomia – O projeto prevê realização de oficinas de gastronomia com cozinheiras africanas. A idéia é repassar a receita de pratos típicos daquele continente que influenciaram diretamente a culinária dos brasileiros. Um exemplo disso é o acarajé, criado na África, que foi trazido para o Brasil na época da escravidão. Devem ser feitas parcerias com associações de bairro para levar essas aulas gratuitas às comunidades cubatenses. Por esse e outros motivos que os idealizadores do “Quitutes e Batuques” preferem chamar o projeto de Festival de Cidadania Cultural.

Texto: Morgana Monteiro

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